Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 28 de março de 2017

Moro transformou José Dirceu em preso político


O verdugo/togado, Sérgio Moro, transformou o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, em preso político ao condená-lo a trinta anos de prisão e mesmo assim ficar prorrogando indefinidamente sua prisão preventiva. Tudo para driblar determinação do STF, que garante aos réus responderem em liberdade até que sejam condenados em segunda instância.

Provavelmente, desde o 'Caso dos Irmãos Naves' não se vê tanta aberração, abuso de autoridade, manipulação, desrespeito aos princípios básicos da cidadania por parte do Poder Judiciário, afinal, responsável pela integridade dos acusados e obrigado a proceder julgamento justo.

No caso dos 'irmãos', um primo e sócio deles sumiu com o dinheiro que restou de uma transação errada, levando-os a denunciar o fato à polícia. Daí viraram réus, foram presos, torturados barbaramente por vários anos, viram seus familiares também passar por tortura, tudo sob a omissão criminosa de um juiz, até confessarem o crime que não haviam cometido.

Desgraçadamente, descobre-se que eram inocentes quando o tido como assassinado nesse processo reaparece vivinho da silva na fazenda pertencente à sua família, desmoralizando e inserindo aquela farsa na história das barbaridades praticadas pelo Poder Judiciário.

Sérgio Moro e sua entourage inquisitorial não estão muito distantes daquela visão truculenta vigente naquele período(Estado Novo). Foi dele a orientação para o voto da ministra Rosa Weber, como seria também de autoria desse juiz a quela célebre frase, uma das mais acanalhadas já ecoadas em um tribunal, 'Não tenho provas pra condenar José Dirceu. O faço porque a literatura jurídica assim o permite'.

Quando dirigiu a Casa Civil, no primeiro governo Lula, Dirceu fez muitos inimigos, dentre os quais a mais perigosa máfia atuante no país: a mídia. Ao proceder nova distribuição de verbas publicitárias, incluindo no bolo veículos até então marginalizados dessa distribuição, o que significou subtração de recursos de segmentos dessa máfia, o petista viu-se sob a lupa persecutória dessa organização, que não titubeou em agir na primeira oportunidade surgida.

Claro que não se está afirmando coisa alguma aqui, apenas mostrando que a promíscua relação de Sérgio Moro com esses veículos seria algo incômodo em um país onde o Judiciário funcione de forma mais transparente.

Moro já prendeu erradamente uma mulher baseado em câmera de banco, prendeu um ex-ministro dentro de um hospital em condições aberrantes, mandou sequestrar um blogueiro a fim de obter deste informações, usando métodos semelhantes aos usados contra os irmãos Naves, enfim, mostrou cabalmente ao longo de sua trajetória funcional ser despreparado para o cargo que ocupa por não preencher os requisitos exigidos.

Não seria hora de partidos políticos, centrais sindicais, organizações populares e que tais promover uma campanha denunciando essa situação?

Afinal,quando a justiça abre mão da aplicação de princípios fundamentais que devem nortear seu funcionamento isto é indicativo que vivemos um estado de exceção, sendo tolerada até a deposição de uma presidenta eleita pelo voto popular, sem que houvesse qualquer crime contra ela, apenas a necessidade da garantia de impunidade de bandidos. Tudo tolerado pelo Poder Judiciário, ratifique-se.

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