Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 20 de março de 2017

A (má) intenção, o gesto(magnânimo) e o ressentimento











Além do acontecimento histórico de derramar água no sertão castigado pela seca, a transposição do rio São Francisco carrega uma característica administrativa que marca definitivamente a diferença entre vontade política e o tradicional cacoete de iniciar uma obra pela expectativa midiática, exaurindo parte dos recursos de eventual obra no marketing e praticamente o principal.

Compare-se, por exemplo, com o programa de despoluição do rio Tietê, no estado de São Paulo, daí tirando algumas conclusões importantes a respeito da dependência midiática de Geraldo Alckmin para manter-se no poder; enquanto Lula é idolatrado pelo povo nordestino sem precisar de mimos midiáticos, antes, ao contrário.

Enquanto a obra que atravessa cinco estados, beneficia 320 municípios e mais de 12 milhões de seres humanos foi concluída em pouco mais de dez anos, isto sofrendo resistências diversas para consolidar-se, a obra restrita a apenas um estado já dura 24 anos, sem que se tenha garantia de quando será concluída, se é que será.

Enquanto a transposição das águas de um rio construiu 700km de canais para viabilizar-se a um custo estimado de R$8,2 bilhões, o governo de São Paulo já gastou R$8,1 bilhões, em 24 anos, e não consegue despoluir 137km daquele rio.

Enquanto o governador do estado de São Paulo é tratado como administrador sério pela mídia sua cúmplice, Lula é visto por aquela corporação como a personificação de todos os males que afligem a administração pública.

Mas Lula deu início e grande impulso na monumental obra. Mais: elegeu sua sucessora que deu continuidade só não concluindo porque foi apeada do poder legítimo que exercia por um golpe político/jurídico/midiático.

Já a obra de um dos queridinhos da mídia não tem previsão de conclusão, isto reconhecido pelos próprios aliados, o que demonstra a distância que há entre a nefasta encenação da gestão séria dos recursos públicos.

Enquanto isso, um juiz com índole de carrasco vai às redes sociais auto glorificar-se, ressentido que ficou com a consagração popular daquele que passou de investigado a objeto de caça. Talvez esse verdugo togado tenha tido, pela primeira vez, contato com a magnanimidade de um autêntico líder das massas e percebido o quão é arriscado brincar com a força do povo.

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