O Ministério Público Federal promete providências contra redes de televisão que transformaram-se em palanques eletrônicos de divulgação fundamentalista. A CNT, por exemplo, alugou 90% de sua programação para a Igreja Universal.
Mesmo sendo proprietária da Rede Record, a Universal não abre mão desse palanque baseada na ideia que pagou tem direito de uso da forma que lhe convém, ignorando solenemente ser aquilo uma concessão pública.
Mostra, ainda, essa situação o legado do governo Sarney e seu ministro das Comunicações Toninho Malvadeza, artífice da construção do pensamento único na mídia, às custas da distribuição de concessões televisivas sem critério e respeito a princípios capazes de resguardar o mínimo respeito ao telespectador.
Se vai em frente essa ofensiva é incerto. Todavia, se for pra valer deveria reunir-se com os diversos foruns existentes a fim de debater o papel da mídia no país, bem como criar mecanismos que limitem esses e outros tipos de abusos que fazem da nossa televisão veículos de excelência tecnológica, porém, totalmente condenável quando se trata de respeitar o direito à informação decente, entretenimento saudável e respeito aos limites na veiculação de bizarrices.
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