Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Ideias fora de lugar


Com quantos nazistas os EUA contou pra fundar um partido e impedir que a esquerda ganhasse as eleições na Alemanha, logo após o fim da II guerra Mundial? Talvez nem mestre Noam Chomsky saiba o número exato, embora saiba talvez como ninguém que foi esse pragmatismo do Tio Sam que hegemonizou a política nas destroçadas Itália e Alemanha.

Mais do que esse pragmatismo, o colaboracionismo verificado desde quando a guerra ainda não estava decidida pareceu presidir esse tipo de atitude, conforme ficou posteriormente conhecido o tipo mais insólito, a espionagem, de herança que nos legou a guerra fria  constitui-se como o modus operandi principal da política externa do planeta.

Por isso, chama a atenção a postura altamente nazista do malsinado procurador federal Deltan Dallagnol, típica de um autoritarismo que em outras épocas e lugar não seria possível, diante da inferioridade racial do autor diante dos padrões predominantes que o colocariam mais em posição de vítima, e não algoz. Ou, no máximo, um colaborador de fim de guerra.

Repudiar conquistas como presunção da inocência e os mecanismos do direito de defesa disponíveis atualmente é típico de quem se acha portador de um dom de infalibilidade, daí incomodar-se com desagradáveis contraditórios civilizados. Não por outro motivo, a infame Lava Jato despreza provas e baseia-se em convicções desses auto intitulados super homens.

Claro que só em épocas como essa, em que a democracia foi vilmente agredida por gangues políticas, é possível o aparecimento dessas bizarrices. No entanto, é certo que desaparecem junto com a peste que os traz, foi assim como o famigerado 'ame-o ou deixe-o', no fundo um mantra parido nas mesmas circunstâncias e com as mesmas convicções.

Não se trata de gastar vela com defunto vagabundo, mas não se pode deixar de repudiar coletivamente o surgimento desses ovos de serpente, que não se auto destroem mas devem ser destruídos pelo repúdio popular. Afinal, o ódio destilado por uma parte da classe média brasileira é fruto desse pseudo academicismo e isto é famigeradamente reforçado por uma parte da classe política ávida por protagonismo.

Enfim, pior que o mau uso de um recurso tecnológico é uma cabeça que produz infâmias. O equipamento eletrônico não tem qualquer poder de convencimento isoladamente. Já as cabeças pensantes do autoritarismo constituem-se nas vergonhas da humanidade a qualquer tempo. E lugar.


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