Ainda no domingo, o dito papelucho publicou matéria patética em que exaltava os futuros empreendimentos da mineradora ex-estatal, colocando na carona desse calhambeque do otimismo o apático governo de Simão Lorota.
Na matéria paga com cara de reporcagem está dito que o Pará irá alavancar o crescimento do país com a pujança de sua taxa, disque 4,7% neste ano, além da geração de 40 mil empregos, tudo puxado por esse arranque de cachorro atropelado da Vale.
Detalhe: o escrevinhamento é remake de lorota publicada em outra ocasião, mais precisamente há cerca de três anos, quando o mesmo papelucho anunciava que uma fábrica de cimento da Votorantim mais um porto ali pras bandas de Curuçá fariam do Pará a nova terra da promissão.
Não deu em porra nenhuma, apenas chororô no final do ano, quando voltaram a amaldiçoar a Lei Kandir e falar dos bilhões que ela tira do Pará. Mas continuam tucanos, partido pelo qual o famigerado Antônio Kandir elegeu-se deputado e pariu esse monstrengo legislativo que leva seu desgraçado nome.
No mais, esses passes de mágica econômica lançados no início de cada ano para ocultar a incompetência privata nunca se realizam, embora sirvam para liberar acessos de sincericídio.
Por exemplo, se não fosse o anúncio dessa redenção artificial não ficaríamos sabendo que as vendas do comércio no ano passado desabaram estratosféricos 14,5%, muito menos que houve um saldo negativo de 30 mil postos de trabalho no estado, além de outros dados catastróficos que normalmente seriam ocultados.
Quanto ao investimento, é apenas extração mineral, sem qualquer valor agregado, ou seja, gerará apenas os parcos recursos dessa indecente CFEM, ínfima em relação ao que é extraído, sendo que seu escoamento será pelo Maranhão.
Portanto, sem ICMS continuaremos a receber migalhas que não geram riqueza capaz de proporcionar investimentos para a criação de empregos qualificados e tudo continuará maravilhoso apenas na propaganda enganosa de início de ano. E haja lorota.
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