Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Simão, o austero
Em tempos de festejos pela natalidade cristã, Simão Lorota aproveita para anunciar a chegada de um irmãozinho da 'sensação de insegurança', aquela vigarice pseudo existencial parida por tucanos pra minimizar o pavor que a população tem da criminalidade desenfreada que assola o Pará, como se fosse fruto de uma sensação pessoal/coletiva.
O novo rebento poderia muito bem chamar-se o Intimorato/Assombradinho, que não tem motivos pra temer(o trocadilho é acidental/fatal) os trocentos amigos do alheio espalhados pelas ruas, diante do perigo administrativa oficial, que parece viver da invenção de artimanhas para apropriar-se de partes cada vez mais significativas dos salários desses servidores vacinados contra o medo de ir às ruas.
Depois de mandar os barnabés estaduais tirarem as renas da chuva porque 2017 será igual a 2016, sem respeito ao piso nacional da educação; da malévola nostalgia que traz de volta os quinquênios revogando os triênios, entre outras perversidades, eis que Simão encaminha aos dóceis legisladores, à aprovação pra ontem, de mais um mimo da sua sortida grife helênica.
Trata-se dos aumentos das alíquotas das contribuições previdenciárias(dos 11% atuais para 14%), bem como a majoração das alíquotas da assistência à saúde(de 9% hoje descontados na fonte, para 11% a partir de janeiro).
Fazendo uma conta rápida e superficial, um servidor que hoje ganhe R$1.200,00/mês e sofre um desconto de R$240,00/mês,somados os dois descontos; para 2017 deverá descontar um total de R$300,00/mês, já a partir de janeiro próximo,uma perda, ou melhor, uma tunga adicional de R$60,00/mês pra quem está condenado a ver seu contracheque receber como acréscimo apenas o prefixo 'des', antes daquilo que vem discriminado como 'vantagens'.
Se todos recebessem o mesmo salário do exemplo acima citado, no final do próximo ano o estado teria uma arrecadação adicional superior a R$200 milhões, nada mal para enfrentar o período eleitoral que virá, sempre lembrando que esses adicionais serão ainda mais vultosos.
Pena que toda essa sólida austeridade logo se desmanche nos ares da propaganda que a exaltará. E Simão seguirá exibindo por aqui aquele seu jeitão de austero bem sucedido, enquanto alhures não tem pudor de ser fotografado como um esmoler inveterado. Triste!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário