Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Seria Gilmar a alternativa pemedebista no golpe dentro do golpe?


Essa guinada de 180º, dada por GilmarMendes em sua retórica, certamente não é obra do acaso. Resulta de algum fato novo da conjuntura conturbada ora vivida no país e que oportunamente virá à tona.

Gilmar desancou Moro e a turma da malsinada Lava Jato, ontem, a quando do debate no Senado Federal sobre o que foi aprovado na Câmara pertinente as normas de combate à corrupção. Portou-se, na verdade, como um hermeneuta renaniano atacando energicamente os arroubos de quem se acha acima da lei.

Mais tarde, na sessão do STF que decidia uma questão envolvendo o atual presidente do Senado, foi ainda mais contundente, votando pela desqualificação da denúncia feita pelo MPF, este acusado de pouco zelo investigativo pra preparar uma peça tão delicada(Lewandowski e Tofolli foram na mesma direção), como sempre usando aquele seu recorrente palavreado que lembra um desentendimento dentro de um bloco de carnaval.

Gilmar não só citou trapalhadas pretéritas oriundas do Parquet, como ironizou o tempo usado pra preparar a tal denúncia, cerca de uma década. Ao seu estilo, ainda disparou contra juízes que antes da dita sessão tiveram audiência com a presidenta do STF, ministra Carmen Lúcia, com esta saindo em defesa dos magistrados ao afirmar que não foram lá, como Mendes insinuara, tratar de reajuste de vencimentos. Como Gilmar não se dá por vencido, arrematou o entrevero relâmpago dizendo que mesmo assim ganhar acima do teto constitucional é indefensável.

Fato é que Gilmar transformou-se bruscamente em um crítico feroz da Lava Jato, do monstrengo legislativo apresentado pelo MP a pretexto de combate à corrupção, não poupando nem a 'coxinhada' que subscreveu a proposta para que a mesma tramitasse mais celeremente ao afirmar, "Duvido que esses 2 milhões de pessoas tivessem consciência disso, ou de provas ilícitas, lá no Viaduto do Chá..."

Assim, de guru da Lava Jato e mentor da limpeza étnico/política ora operada, passou a ser o guardião da "excelência" da classe política brasileira. Até pontos convergentes com que vêm falando dirigentes do Partido dos Trabalhadores há nesse new look político do ministro.

Diante disso, é legítimo supor que o PMDB apoia essa parceria entre Renan/ Gilmar a fim de manter o protagonismo da legenda quando Temer cair, ao ser consumado o golpe dentro do golpe. Com essa FHC não contava. Será?

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