Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 19 de novembro de 2016

A advogada, o direito e o ministro

Ironia do destino. Evidentemente, não por coincidência, durante o mandato de seu marido, Sérgio Cabral, como governador do Rio de Janeiro, o patrimônio da advogada Adriana Ancelmo(será parenta do global Bigode de Espanar Cu de Defunto?) cresceu dez vezes,passando R$1,9 milhão pra fabulosos R$21 milhões. No entanto, ela nada pôde fazer, enquanto advogada, pra evitar que o marido travesso fosse em cana.

É verdade que na maioria das situações advogados dependem desses personagens não muito ortodoxos no cumprimento da lei para sobreviver, imagine o advogado do papa Francisco como teria dificuldade em ganhar a vida.

Por isso, é fácil deduzir o crescente volume de demandas da causídica e ex-primeira dama carioca, não, registre-se, oriundas de colegas de trabalho do marido, esses navegaram durante muito tempo nas águas tranquilas da impunidade, mas de quem via no tráfico de influência aquele algo mais no trabalho advocatício.

Imobilizada profissionalmente, admoestada juridicamente e enfrentando situação política profundamente adversa a bem sucedida advogada terá que prestar contas de sua situação pessoal, sem poder fazer muito pela liberdade do marido.

Nesses tempos sombrios vividos pelo povo brasileiro, em que um grupo que opera com a justiça sugere que ele, o tal grupo, esteja acima da legislação vigente, tendo carta branca pra perseguir quem bem entendem, sobra pouca margem de atuação para a advocacia nessas situações. Muito terá feito a Adriana se conseguir manter-se solta. Quanto ao marido, o mais provável é que tenha a mesma trajetória do larápio José Roberto Arruda, ex-governador de Brasília filmado pegando propina, sendo preso e execrado momentaneamente. Hoje, anda solto por aí e até já quis voltar à política pelas mãos sujas de FHC e Gilmar Mendes, não conseguindo porque seria um escândalo de proporções inimagináveis. Mas está solto, assim como soltos estão todos os seus comparsas. Ah, um aliás até virou ministro da cultura ontem. E nem precisou de advogado.

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