Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Superprodução medíocre


“Nós todos tivemos a oportunidade de verificar um espetáculo midiático com forte divulgação que se fez lá em Curitiba, não com a participação do juiz, mas do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Se deu notícia sobre organização criminosa colocando o presidente Lula como o líder dessa organização criminosa dando a impressão, sim, de que se estaria investigando essa organização criminosa. Mas aquilo que foi objeto do oferecimento da denúncia, efetivamente, não foi nada disso”, disse hoje o ministro Teori Zavascki  durante a sessão da Segunda Turma do STF, que julgou um recurso da defesa de Lula, criticando a atuação do Ministério Público Federal (MPF) no dia em que foi apresentada a denúncia.

Naquele momento, a mídia partidarizada e infiel recorrente dos fatos ignorou esse aspecto. Salvo as honrosas exceções costumeiras que não preenchem os dedos de uma das mãos, como o sempre brilhante Jânio de Freitas e Bernardo Mello Franco, este o primeiro a ressaltar o excesso de adjetivos e carência de fatos na performática denúncia, o conjunto dos operadores da imprensa oposicionista deixou levar-se pelo espetaculoso power point do MP.

Agora, quando o ministro Teori volta a destacar a pantomima irresponsável e leviana, aguarda-se como suas críticas serão tratadas. Pelo histórico, com a discrição inversamente proporcional ao dado à superprodução de quinta categoria dirigida pelo fundamentalista/canastrão Dallagnol.

Afinal, mesmo com o PT apanhando de goleada nas eleições do último domingo, resultado em grande parte creditado à performance do golpe midiático/jurídico/parlamentar, sabe-se que ele ainda está no páreo, principalmente porque lula tem sido capaz de marcar gols espetaculares, desde 2002. Por isso, até o ano que vem é possível que continuem esses atores do golpe ainda ruminando qual o melhor momento para tomar a medida certa que o tirará da disputa.

Pode ser até que julguem, como fizeram em 2006, que Lula está acabado politicamente. Caso isso ocorra estarão cometendo grave erro estratégico ao misturar consequências e causas. A arrogância é capaz de pregar esse tipo de peça nos néscios. Assim como a ganância parece ameaçar levá-los à ruína diante da incapacidade do controle do butim. Decididamente, já não temos mais flibusteiros como os de antigamente.

  

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