Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Seguindo o script à risca
Com a prisão do capitão do time golpista, Eduardo Cunha, a conclusão nas análises pela esquerda é de que Moro achou o álibi perfeito pra prender Lula. Agora, nada o impede de agir porque a isenção está garantida.
É verdade que sutileza não é o forte do verdugo curitibano, todavia levantar a população a essa altura do campeonato seria atropelar o cronograma do golpe dentro do golpe e certamente mereceria reprimendas do mal humorado coach do golpismo Gilmar Mendes.
Certo é que a aventura temerária levou uma traulitada violenta com consequências imprevisíveis, caso Cunha revele o que sabe a respeito do provecto esposo da bela, recatada e do lar, bem como a trupe que o cerca.
2017 vai chegando e com ele virão uma situação eticamente insustentável, economicamente agravada em relação ao momento atual o que levará os tucanos a abandonar o barco. Este, à deriva, será posto a pique e substituído pela solução constitucional, que prevê eleição indireta para um mandato tampão, até 2018.
Até agora, o script tem sido seguido à risca: Cunha ungido, forma uma gigantesca quadrilha e inicia a deposição da presidenta Dilma; Cunha é abandonado após perder a serventia; Judiciário garante o verniz legal do golpe; o capo do golpe adota a agenda tucana que havia sido derrotada nas urnas; tudo vai dando errado na economia, então, substitui-se o PMDB pelo PSDB aprofundando-se o perfil neoliberal do golpismo.
Enquanto isso, o povo brasileiro assiste toda essa armação contra direitos trabalhistas e políticas sociais que tornaram o Brasil uma nação mais decente. Destruídas essas conquistas, fica o nível de exigência social, muito mais elevado do que em qualquer período anteriormente vivido.
Enfim, só o povo é capaz de evitar o retrocesso até 2000/2001,quando o governo nefasto de FHC matava dezenas de brasileiros vítimas da fome diariamente. Independente do faça o tresloucado curitibano, é preciso ir às ruas e mostrar que vivemos sob um golpe contra a democracia, além de corrermos o risco de ver esse golpe aprofundado e mostrado como se legítimo fosse.
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