Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 2 de outubro de 2016

O trabalho sujo da mídia e de seus braços numerológicos


Na grande maioria das capitais brasileiras, a marca dessa eleição foi o registro de um grande número de indecisos. São Paulo, por exemplo, às vésperas da eleição tinha 40% de indecisos.

Esse cenário captado pelas pesquisas, mas divulgado discretamente, pode ser fruto do tipo de abordagem ao eleitor, com perguntas tendenciosas a fim de influenciar em sua decisão, então, a pessoa entrevistada prefere declarar indecisão.

Então, os institutos apressam-se em inflar os percentuais de seus queridinhos, colocando todo o resto dos números colhidos em segundo plano.

O caso de Fernando Haddad em São Paulo é emblemático da vigarice numerológica. Logo no início, o Datafolha divulgou uma pesquisa dando o atual prefeito na liderança da pesquisa espontânea,porém, em quarto lugar na estimulada. Imagina-se que tipo de 'estímulo' esse instituto altamente suspeito apresentou ao eleitor.

Agora, na reta final da campanha, esses institutos velhacamente vão se adequando à realidade, já dando Haddad com um pé no segundo turno. No entanto, como é necessário manter o viès conservador, os números do candidato tucano aparece em uma alta bastante suspeita, principalmente porque o deixa a 6 pontos da vitória no primeiro turno, coisa que nem o Alckmin deve acreditar.

De qualquer modo, como bem notou o excelente jornalista Fernando Brito, do blog Tijolaço, a mídia reacionária conseguiu êxito total na despolitização da atividade política, substituindo o debate, a Globo chegou a sugerir, que debates constituem-se em favor da emissora, como se não fosse uma concessão pública, impondo ao eleitor o resultado de pesquisas como o limite da abordagem que ofertam.

Durante o ano, criminalizam a atividade política, nas eleições apresentam vigaristas como se fossem o "novo" que veio purificar a conjuntura.

O candidato tucano à prefeitura de São Paulo, João Dória Jr, é o maior atestado dessa canalhice midiática. Dória apresenta-se como não político, no entanto, sua atividade midiática recebe milhões de reais do governo paulista para promover o governador Alckmin, padrinho de Dória, e sua entourage.

Ao mesmo tempo, a mídia partidarizada estranhamente oculta fatos relevantes a respeito desse cidadão como, por exemplo, sua fracassada experiência como homem público. Foi na Copa América de2014, quando foi escolhido pela corja dirigente da CBF pra chefiar a delegação brasileira e no Chile, sede daquela competição, não botou os pés.

Quantos exemplos desse tipo se multiplicam sob a omissão criminosa da mídia, que opta pela divulgação de pesquisas indutivas e nefastas?  

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