Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Comparativos zenaldistas


No fundo, o prefeito Zenaldo é um admirador secreto dos oito anos da gestão de Edmilson Rodrigues à frente da prefeitura de Belén(1997-2004). Não fosse assim não usaria esse período como parâmetro pra avaliar seus quatro anos como alcaide belenense, principalmente porque estamos diante de alguém que é reprovado por cerca de 2/3 dos moradores cá da capital paraense, logo, só recorrendo a algo valoroso pra tentar agregar valor ao seu período. Narciso não ama o espelho, mas a imagem refletida.

Tomemos como exemplo o caso da saúde, política pública ressaltada e exaltada como prioridade na propaganda zenaldista em 2012. Quando teve oportunidade ao assumir o cargo de engrandecer sua promessa, o atual prefeito apequenou-se e recorreu aos métodos do seu antecessor imediato, Duciomar, planejando usar o dinheiro público em torpe ação entre amigos. Se Dudu tentou dar dinheiro ao proprietário da clínica Zoghbi, Zenaldo tentou fazer o mesmo em favor dos proprietários do hospital Porto Dias. Barrado pelo Ministério Público Federal, enveredou pelo caminho da inoperância a ponto de permitir que o Pronto Socorro Mario Pinotti pegasse fogo e vitimasse fatalmente seres humanos que só tinham os serviços desgraçadamente ofertados por Zenaldo para recorrer.

Diante dessa nódoa indelével em seus esses, Zenaldo tentou agarrar-se em Edmilson a fim de puxá-lo pra baixo, isto é, para perto dele, Zenaldo. Afinal, Edmilson está definitivamente inscrito na história da cidade como aquele prefeito que construiu o segundo pronto-socorro da cidade, quando esta já tinha mais de um milhão de habitantes, o primeiro foi inaugurado em 1927, setenta anos antes de Edmilson inaugurar o segundo, quando a população belenense mal chegava a dez por cento do que era a quando da construção desse segundo PSM.

Mais revelador desse lado patrimonialista que acomete o conservadorismo zenaldista é a crítica que faz a Edmilson por este não ter dado destino a um certo terminal pesqueiro deixado pelo antecessor. À época ficou comprovado que aquela trapizonga obedecia a mesma relação entre amigos que Zenaldo tentou manter com o 'Porto Dias'. O tal terminal era feito de material inapropriado ao nosso calor e, caso fosse operado, poderia mandar pelos ares o centro comercial da cidade mais cedo do que pode ocorrer, dada a precariedade das instalações elétricas daquele perímetro.

Levando a publicidade a extremos do ilusionismo, ao recriminar a atitude responsável de Edmilson, Zenaldo está simplesmente emitindo a mensagem oculta de que assinaria embaixo do projeto teratológico daquele sinistro terminal. Caso ocorresse o pior, azar das vítimas do incêndio, seja do Pronto-Socorro da 14 de Março, que infelizmente ocorreu, seja do centro comercial, que Edmilson felizmente evitou.

Há outros comparativos, todos nessa linha bizarra adotada pelo tucano com o intuito, repita-se, de nivelar o debate por baixo. Felizmente a meu ver, Edmilson até aqui tem sabido evitar descer rés o chão, agindo corretamente ao não aceitar a provocação do seu adversário, que desconfio não ganha um voto sequer comportando-se como desordeiro de arquibancada de campo de futebol.

Nenhum comentário: