Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Cepal prevê queda de 0,9% do PIB latino-americano este ano; Brasil deve recuar 3,4%



A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revisou as projeções de crescimento da atividade econômica na região para 2016 e espera uma contração média de 0,9% na América Latina e no Caribe este ano. Para 2017, a projeção é de retomada da dinâmica econômica com crescimento médio de 1,5%, informou o órgão das Nações Unidas em comunicado publicado nesta quarta-feira (12).

No caso do Brasil, a Cepal prevê uma contração de 3,4% este ano, uma leve melhora frente a projeção anterior, divulgada em julho, de queda de 3,5%. Para o ano que vem, a previsão é de uma alta de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

As projeções para o ano que vem dão conta de um cenário global mais positivo que o de 2015 e 2016, segundo a Cepal. Os preços das matérias primas terão no ano que vem melhoras em relação aos níveis médios de 2016 e a expectativa é de que o crescimento dos parceiros comerciais dos países da região seja maior.

Assim como este ano, em 2017 a dinâmica do crescimento mostrará marcadas diferenças entre países e sub-regiões, indicou a Cepal. As economias da América do Sul, especializadas na produção de bens primários, em especial petróleo, minérios e alimentos, terão um crescimento médio em 2017 de 1,1% que contrasta com a contração esperada de 2,2% em 2016.

No entanto, para as economias da América Central a expectativa é de uma taxa de crescimento de 4% para 2017, acima dos 3,7% projetados para 2016. Caso seja considerada a América Central mais o México, as projeções são de 2,5% para 2016 e de 2,6% para 2017. No Caribe de língua inglesa ou holandesa, a estimativa é de crescimento médio de 1,4% para 2017, cifra que contrasta positivamente com o recuo esperado de 0,3% em 2016.

Segundo a Cepal, para sustentar o maior crescimento esperado em 2017, é necessário dinamizar o investimento e aumentar a produtividade para manter um caminho de crescimento sustentado. Nesse contexto, o investimento em infraestrutura e inovação tecnológica deve ter papel primordial.

Além disso, para proteger os avanços sociais conquistados nos últimos anos, o órgão afirmou que são necessárias políticas que mantenham o investimento social e produtivo em meio a ajustes fiscais inteligentes. Afirmou ainda que é necessário buscar a sustentabilidade das finanças públicas na região, com políticas que levem em conta tanto impacto sobre a capacidade de crescimento no longo prazo, como sobre as condições sociais dos habitantes da região.

Diante da contração econômica atual, a Cepal reafirma que a região precisa de uma mudança estrutural progressiva com um grande impulso ambiental que promova um desenvolvimento baseado na igualdade e na sustentabilidade ambiental, com políticas de investimentos públicos e privados coordenadas em diferentes áreas para redefinir os padrões energéticos, de produção e consumo, baseados na aprendizagem e na inovação. Dessa forma, se avançará para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
(Opera Mundi)

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