Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

De armadilhas e slogans


A exoneração de Fábio Medina Osório da advocacia Geral da União é simultânea à tentativa da criação do slogan/antídoto 'Fora, Ladrão!' e obedece o rito traçado e desnudado na célebre conversa entre Sérgio Machado e Romero Jucá.

Óbvio que não há nada de suspeito contra Osório que possa ser creditado na conta de seu pé na bunda. Antes, ao contrário. Ele tinha aberto ações de reparação que cobravam nada menos que R$ 23 bilhões das construtoras e dos executivos envolvidos na Lava Jato, verdadeira apologia da corda no terreiro dos enforcados Padilha, o fiador de sua nomeação; e o próprio Temer, ambos citados  na pré-delação da Odebrecht, agora também sob risco de serem acusados da tentativa de obstruir a Justiça.

Sem querer ser acaciano, mas parece excessiva excentricidade criar um slogan tão enfático a fim de contrapor acusações feitas à uma camarilha cuja existência política esteve sempre nessa trilha. Como já disse em post anterior, é a busca por confusão entre acusações e defesas, em um dado momento sem se saber distinguir o que é réplica e o que é auto crítica.

Resumo da ópera, golpismo que não se assume como tal não precisa de slogan de cunho moralista. Precisa, sim, de algo mais forte e mais condizente com a consequência de seus atos. Mesmo que isto cause calafrios, não há outra saída que não a assunção do golpe. A partir daí que se adote um similar do 'Ame-o ou Deixe-o', 'Este é um país que vai pra frente', coisas desse tipo. Depois passa, assim como passará essa torpe e efêmera aventura, que tem tudo pra trazer prejuízos incalculáveis ao povo brasileiro.


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