Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Cunha impôs boicote histórico para impedir superação da crise


"A certeza de estar do lado certo da história”, afirma o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, pelas redes sociais. Na imagem que ilustra as palavras, Boulos, ao lado de Chico Buarque, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-ministra Eleonora Menicucci e de José Vicente, filho do ex-presidente João Goulart. “Do outro lado, gente como Janaína Paschoal, Caiado e os molecotes do MBL. A história julgará o golpe e os golpistas”, completou.

Durante pausa na sabatina da presidenta Dilma no Senado, mediante processo de impeachment, Boulos comentou que “as consequências da farsa serão graves, tanto para nossa democracia, quanto para os direitos sociais”. O coordenador do MTST citou a flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como um exemplo da perda de direitos. “Mesmo em 20 anos de ditadura civil-militar, não atacaram a CLT. Agora, o governo usurpador quer fazer isso. O golpe é duro”, disse.

Já a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou, também pelas redes sociais, que Dilma está conseguindo rebater as perguntas dos senadores à altura. “Dilma está sendo técnica e política, ela está reagindo a todas as perguntas. Se o argumento valer, o impeachment não passa”, disse. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) endossa as palavras de Jandira: “Dilma está altiva, determinada e serena, falando o que tem que falar”.

“Estamos em um processo farsesco. Não existe crime de responsabilidade. Estão tentando condená-la por decretos que o Ministério Público mandou arquivar? Existe uma conspiração política por trás de tudo isso. Ela está sendo vítima de interesses do PMDB, de setores do PSDB e de setores que querem tomar o poder sem disputa nas urnas”, afirmou a senadora.

Para os parlamentares da base da presidenta, caberá à história definir a pecha golpista de setores políticos brasileiros. “O que acontece é uma enorme tristeza. Ver a presidenta respondendo aos senadores, com todo o respeito, me deixa muito triste. A história se repete como farsa. É igual o julgamento dela durante a ditadura, quando seus algozes cobriram seus rostos. Aqui, eles têm medo do julgamento da história. Os senadores estão constrangidos”, afirmou Gleisi.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que “Dilma está ganhando de goleada". "Estou achando que esses senadores que defendem o impeachment estão com medo de Dilma. Estão cautelosos. Dilma está arrebentando e respondendo tudo. Estamos trabalhando para mostrar a verdade, o que está por trás do golpe: a conspiração de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de Romero Jucá (PMDB-RR)”, disse.

Fator Cunha

Durante sua defesa, Dilma argumentou que a atuação do deputado afastado e ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, foi essencial para desestruturar a política brasileira. “Quando Cunha foi eleito presidente da Câmara, o processo de desestabilização parlamentar do meu governo acelerou (…) Cunha promoveu um rombo na nossa capacidade de superação da crise, além disso, neste começo de ano, a Câmara não funcionou. Isso é um dos maiores boicotes que se tem notícia na história do Brasil.

Dilma ainda, respondendo ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou que a origem do processo, ao contrário do que disse o tucano, não foi nas ruas. “Esse processo não foi espontâneo. Nenhum de nós é ingênuo de não saber quem é o responsável pela aceitação. Foi uma chantagem explícita de Cunha, com o qual, infelizmente, seu partido se aliou. Então, há um ajuste nas acusações. A ameaça dele foi: ou vota ao seu favor ou o impeachment será aceito. Esse foi o início deste lamentável processo”, disse.
(Rede Brasil Atual)

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