Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 28 de agosto de 2016

As más companhias mútuas

Nessa pesquisa do IBOPE, publicada hoje no panfleto tucano/liberal, a respeito da intenção de voto pra prefeito de Belém(PA), uma coisa encolhidinha na matéria chama atenção: a avaliação do governador do estado, por sinal tão paupérrima quanto a intenção de voto em seu candidato.

Segundo a dita cuja, 42% dos paraenses consideram a gestão de Simão regular e 38% a consideram ruim ou péssima. Como a margem de erro é de 4%, é possível que esses números estejam invertidos, isto é, 42% estejam no universo do ruim/péssimo e 38% considerem regular.

Seja como for, esses números mostram que 80% dos paraenses não aprovam o desempenho do governador e isto certamente reflete no desempenho do candidato tucano à PMB, onde pouco mais 10% dos eleitores intentam votar no recandidato.

Claro que Jatene não pode ser responsabilizado pelas dificuldades experimentadas pela candidatura de seu partido. Há muito de responsabilidade do próprio candidato, responsável por uma administração medíocre, agravada  pelo promessismo vigarista.

No fundo, esses números, caso sejam verdadeiros e duradouros, indicam uma situação suis generis em nosso quadro eleitoral. Em que o governador do estado dará sua maior contribuição ao candidato a prefeito que apoia silenciando sua preferência, assim como o próprio candidato não poderá dispensar as más companhias porque sozinho também é alvo do repúdio popular.

Diante da desgraça que ameaça se abater sobre a privataria belenense, sempre tendo em mente o ensinamento do inesquecível Gonçalo Duarte, que desgraça é como andorinha- nunca está sozinha- veremos como Zenaldo e Jatene reagirão a fim de evitar a debandada de candidatos das inúmeras legendas que formam sua coligação. Claro que todos querem usufruir das benesses da máquina pública sob o controle da privataria.

Mas é certo também que esses aliados têm planos, conquistar um mandato eletivo. Para isso, todavia, manda o bom senso que seja mantida uma razoável distância daqueles que tiram votos, em vez de ajudar. Por isso, é bem possível que haja candidatos de partidos aliados que se afastem do candidato oficial, por motivos óbvios.

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