Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Anistia ampla, geral, irrestrita e pessoal à bandidagem


Nada há de novo no front político. Tudo já havia sido resumido na conversa entre os assaltantes Romero Jucá e Sérgio Machado. Por isso, esse pacto costurado por Temer, Renan e Rodrigo Maia, noticiado hoje pelo site 247, se o impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff vier mesmo a ser confirmado no fim de agosto, a Câmara e o Senado passarão a discutir, em regime de urgência, um projeto que beneficia mais de 200 partamentares: a anistia geral aos envolvidos na Operação Lava Jato; a tese que vem sendo construída é a de que o crime de caixa dois seria diferente da propina disfarçada como doação eleitoral; assim, os deputados e senadores ficariam livres das delações de empresários como Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro (OAS), bem como do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disse a um delator sustentar financeiramente mais de 200 parlamentares.

Duas consequências dessa decisão afetariam mortalmente a credibilidade das convicções e rigores seletivos da camarilha do verdugo togado Sérgio Moro.

A primeira, derrubaria definitivamente a tese que mantém na cadeia José Dirceu e João Vaccari. A tal tese despreza a possibilidade de colaboração financeira espontânea, havendo a consequência de favorecimentos posteriores. Segundo a colunista Mônica Bérgamo, os procuradores insistem que as posteriores contrapartidas explicariam o significado da propina.

A outra consequência é ainda mais grave para o desfecho da farsa. Implicaria em inocentar Lula definitivamente. Ora, se sob a ótica das crenças e procedimentos atuais nada de concreto foi encontrado capaz de incriminar o ex-presidente, imagine-se soterrar definitivamente a tese que sustenta a Guantânamo curitibana. Nem a pascácia Suzana Vieira seria capaz de vomitar uma tolice reveladora e inacessível a nortista e nordestinos.

De todo modo, a anistia ampla, geral, irrestrita e pessoal à ladroagem generalizada, no caso de José Sera, por exemplo, a doação, segundo Marcelo Odebrecht,foi depositada em conta no exterior, logo, nada tendo a ver com campanha eleitoral, terá que engolir o favoritismo do 'Sapo Barbudo'.

A não ser que esse mal afamado Congresso resolva ir mais além e aprove dispositivos que retiram prerrogativas do Poder Executivo transferindo-as para o Poder Legislativo. Serra e Renan,por sinal, tratam recorrentemente desse tema que, na prática, significaria a instituição do parlamentarismo à brasileira. Isto é, oriundo de um golpe contra a democracia; e operado por notórios bandidos, que passariam a ser fiscais da lei a fim de que essa deles não se aproxime e deixe-os agir livremente. Credo!


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