Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A corda, a China e a casa dos enforcados



O Ministério da Fazenda está anunciando que a aceleração das discussões sobre o combate à evasão tributária será um dos principais pontos defendidos pelo Brasil na reunião dos presidentes e dos primeiros-ministros do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), que ocorrerá nos dias 4 e 5 de setembro em Hangzhou, na China.

Essa postura, é bom que se diga, parte do ministro Henrique Meirelles, ungido ao cargo de forma ilegítima na medida em que faz parte de um governo aventureiro e golpista.

Mesmo que se trate de posicionamento correto, o Brasil é uma das maiores vítimas do planeta quando o assunto é sonegação. São trilhões de reais que estão entesourados em paraísos fiscais, fugindo da tributação pelo fisco nacional.

Infelizmente, tem tudo para ser vista como encenação de farsa essa postura, caso Meirelles permaneça ministro até lá. Não se sabe, por exemplo, qual a postura do PMDB,cuja estrela maior, Eduardo Cunha, artífice mor da chegada do partido ao governo, foi apeado da presidência da Câmara Federal também por ser detentor de contas-fantasmas na Suíça, oriunda de propina paga por vários esquemas de corrupção dos quais Cunha era beneficiário.

Há, também, o caso do titular das relações exteriores, José Serra, denunciado por diretores de uma empreiteira como beneficiário direto de uma propina de R$23 milhões, depositada em um outro paraíso fiscal. Mais remotamente, Serra é um dos maiores beneficiários das propinas pagas a tucanos na era da privataria, sendo provável que fosse um dos beneficiários da dinheirama depositada por uma certa Infinity Trading na conta de seu caixa de campanha, Ricardo Sérgio de Oliveira.

Meirelles pode até fazer proselitismo lá do outro lado do mundo contra uma das práticas mais abjetas da elite política do país, dentre os quais a quase totalidade dos que compõe o centro do golpismo. No entanto, aqui é pouco provável que isso venha ter qualquer repercussão positiva. Antes, ao contrário: é bem provável que faça acender o fogo pra esquentar o óleo que fará a fritura do ministro, caso esse insista em ser inoportuno.

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