Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Todo golpismo deve ser castigado

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Segundo Maurício Thuswohl, em texto publicado no site Rede Brasil Atual, cresce a perplexidade internacional sobre o Brasil e seu atual momento político. Enquanto o processo no Senado entra em sua reta final, aumenta o número de debates e questionamentos internacionais sobre o que está acontecendo com o país e sua democracia. Organizado pelos partidos, sindicatos e movimentos sociais que compõem a Frente Brasil Popular, começa hoje (19), no Rio de Janeiro, o Tribunal Internacional Sobre a Democracia no Brasil, que reunirá especialistas em direitos humanos de diversos países e terá seu veredito, de valor simbólico, encaminhado ao Senado e também aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Composto por nomes reconhecidos internacionalmente, o corpo de jurados será presidido pelo ativista dos direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980. O argentino, que esteve no Brasil em abril, qualificou o afastamento de Dilma como "golpe do Estado" e, em visita ao Senado, comparou a tentativa de impeachment da presidenta brasileira aos processos que culminaram nas derrubadas dos presidentes Manuel Zelaya, de Honduras, em 2009, e Fernando Lugo, do Paraguai, em 2012. "Acima dos interesses partidários das elites devem estar os interesses do povo do Brasil e de toda a América Latina", disse aos senadores.

Outro candidato ao Nobel da Paz, o bispo mexicano Raul Veras, que ficou conhecido por suas ações em prol dos direitos humanos quando era frei dominicano, também faz parte do júri.

Por outro lado, no 247, a presidente eleita Dilma Rousseff publicou nesta terça-feira 19 uma resposta ao manifesto subscrito por parlamentares franceses que pede à comunidade internacional que condene o golpe de estado no Brasil. O texto, encabeçado por Patrick Abate, senador de Moselle pelo CRC, foi publicado no jornal Le Monde no último dia 14.

"Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado. Agora, na França, uma das inspirações da democracia para o mundo, representantes do povo, eleitos pelo voto popular, ressaltam que o Brasil vive um momento delicado. A democracia brasileira está ferida", escreveu Dilma.

Assim, cada vez mais e quanto mais se aproxima o desfecho dessa quartelada sem quartel(ainda), o país vai ficando isolado e carente de credibilidade pra operar diplomaticamente em um mundo onde cada vez mais se exige protagonismo, principalmente de um país do tamanho do Brasil e com o protagonismo que desfrutou nessa última década.

A alternativa do retorno à condição de colônia, proposta pela diplomacia golpista, é a pior solução na medida em que causará danos irreversíveis à saúde de nossa economia. Por isso, acredita-se que a democracia há de arrumar uma alternativa de sair dessa cilada, feita por aventureiros inescrupulosos para tirarem proveito pessoal, dentro dos marcos democráticos e com a participação popular efetiva no restabelecimento dessa ordem democrática, caso contrário teremos pela frente outras 'décadas perdidas', iguais as que experimentamos logo após o golpe militar/empresarial e que nos legaram miséria, atroz desigualdade social e ascensão de uma casta de aventureiros políticos até hoje encastelados em nichos estratégicos do sistema de poder do país.
(Com informações e foto 247/RBA)

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