Segundo Maurício Thuswohl, em texto publicado no site Rede Brasil Atual, cresce a perplexidade internacional sobre o Brasil e seu atual momento político. Enquanto o processo no Senado entra em sua reta final, aumenta o número de debates e questionamentos internacionais sobre o que está acontecendo com o país e sua democracia. Organizado pelos partidos, sindicatos e movimentos sociais que compõem a Frente Brasil Popular, começa hoje (19), no Rio de Janeiro, o Tribunal Internacional Sobre a Democracia no Brasil, que reunirá especialistas em direitos humanos de diversos países e terá seu veredito, de valor simbólico, encaminhado ao Senado e também aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Composto por nomes reconhecidos internacionalmente, o corpo de jurados será presidido pelo ativista dos direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980. O argentino, que esteve no Brasil em abril, qualificou o afastamento de Dilma como "golpe do Estado" e, em visita ao Senado, comparou a tentativa de impeachment da presidenta brasileira aos processos que culminaram nas derrubadas dos presidentes Manuel Zelaya, de Honduras, em 2009, e Fernando Lugo, do Paraguai, em 2012. "Acima dos interesses partidários das elites devem estar os interesses do povo do Brasil e de toda a América Latina", disse aos senadores.
Outro candidato ao Nobel da Paz, o bispo mexicano Raul Veras, que ficou conhecido por suas ações em prol dos direitos humanos quando era frei dominicano, também faz parte do júri.
Por outro lado, no 247, a presidente eleita Dilma Rousseff publicou nesta terça-feira 19 uma resposta ao manifesto subscrito por parlamentares franceses que pede à comunidade internacional que condene o golpe de estado no Brasil. O texto, encabeçado por Patrick Abate, senador de Moselle pelo CRC, foi publicado no jornal Le Monde no último dia 14.
"Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado. Agora, na França, uma das inspirações da democracia para o mundo, representantes do povo, eleitos pelo voto popular, ressaltam que o Brasil vive um momento delicado. A democracia brasileira está ferida", escreveu Dilma.
Composto por nomes reconhecidos internacionalmente, o corpo de jurados será presidido pelo ativista dos direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980. O argentino, que esteve no Brasil em abril, qualificou o afastamento de Dilma como "golpe do Estado" e, em visita ao Senado, comparou a tentativa de impeachment da presidenta brasileira aos processos que culminaram nas derrubadas dos presidentes Manuel Zelaya, de Honduras, em 2009, e Fernando Lugo, do Paraguai, em 2012. "Acima dos interesses partidários das elites devem estar os interesses do povo do Brasil e de toda a América Latina", disse aos senadores.
Outro candidato ao Nobel da Paz, o bispo mexicano Raul Veras, que ficou conhecido por suas ações em prol dos direitos humanos quando era frei dominicano, também faz parte do júri.
"Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado. Agora, na França, uma das inspirações da democracia para o mundo, representantes do povo, eleitos pelo voto popular, ressaltam que o Brasil vive um momento delicado. A democracia brasileira está ferida", escreveu Dilma.
Assim, cada vez mais e quanto mais se aproxima o desfecho dessa quartelada sem quartel(ainda), o país vai ficando isolado e carente de credibilidade pra operar diplomaticamente em um mundo onde cada vez mais se exige protagonismo, principalmente de um país do tamanho do Brasil e com o protagonismo que desfrutou nessa última década.
A alternativa do retorno à condição de colônia, proposta pela diplomacia golpista, é a pior solução na medida em que causará danos irreversíveis à saúde de nossa economia. Por isso, acredita-se que a democracia há de arrumar uma alternativa de sair dessa cilada, feita por aventureiros inescrupulosos para tirarem proveito pessoal, dentro dos marcos democráticos e com a participação popular efetiva no restabelecimento dessa ordem democrática, caso contrário teremos pela frente outras 'décadas perdidas', iguais as que experimentamos logo após o golpe militar/empresarial e que nos legaram miséria, atroz desigualdade social e ascensão de uma casta de aventureiros políticos até hoje encastelados em nichos estratégicos do sistema de poder do país.
(Com informações e foto 247/RBA)
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