Leio no blog Viomundo que Afonso Florence (DS), líder da bancada do PT na Câmara Federal, justificou o voto em (Rodrigo)Maia, à sucessão interina de Eduardo Cunha, explicando que “Quem está fora do Congresso não pode também avaliar aspectos da luta parlamentar”!!!
Primeiro, não há luta parlamentar capaz de sobrepor-se à luta social, principalmente em momentos de crise aguda como a ora vivida, que exige de todas as forças da democracia sacrifício pra derrotar o golpismo vigente, como ação prioritária, sem levar em conta, ratifique-se, eventuais conveniências parlamentares.
Sou servidor público vinculado ao Poder Legislativo há quase quatro décadas, tendo passado desde a Câmara Municipal de Belém, de onde sou originário, até o Senado Federal, Assembléia Legislativa, Câmara Federal e até pelo Poder Executivo, o que me dá uma certa vivência nessa seara, a ponto de não perceber algo de tão importante que justifique deputados petistas votando em segundo turno no pefelista Rodrigo Maia, algo que já seria preocupante em condições normais, vide a história do partido diante desses fatos, mas gravíssimo quando o golpismo busca um substituto aparentemente decente pra substituir eventualmente o golpista Temer.
Na prática, os objetivos traçados pela ingenuidade esquerdista foram alcançados. Se o objetivo "era isolar Cunha", êxito total. Cunha foi isolado, nada indica que provocará terremoto nos arraiais golpistas porque também tem muito a perder, enquanto o golpismo achou o nome certo pra tocar a agenda parlamentar anti social e ser um substituto na presidência da República, enquanto perdurar o golpe, que o PIG tratará como sério. Lamentável!
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