O PIG protege bandidos

Incrível a cara de 'fui comida, mas pretendo reparar o erro casando' que faz a mídia delinquente, após a prisão do dono da Friboi, e a consequente revelação que o tal frigorífico, à noite uma organização criminosa a serviço dos bandoleiros Cunha e Temer, não pertence a Lula, ou ao seu filho, Lulinha, conforme difundido nas redes sociais, assim como incentivado por vários desses gangsters a serviço do PIG.

A saída que a bandidagem encontra é soltar frases insidiosas, sugerindo a bonomia governamental, de 2003 a 2016, com essa e outras organizações criminosas que Cunha montou ou cooptou para roubar dinheiro público. Como se dissessem, 'olha, o governo petista também tem responsabilidade com essa roubalheira'.

Nada mais falso, daí a tática golpista ter sido a última alternativa pra garantir o triunfo da impunidade pós assaltos, conforme ficou patente na conversa entre os assaltantes Jucá e Machado. Como ordenadores de despesas, os responsáveis pelos setores governamentais que operaram essa sacanagem, como o diretor da Caixa que delatou o esquema, são responsáveis por seus atos, bem como quando o governo deixa investigar sem impor limitações a esse trabalho investigativo mostra que não teme consequências porque não compactua com essas bandalheiras, típicas do tal presidencialismo de coalizão, bolado pelo 'bruxo' Golbery e até hoje em voga porque serviu aos interesses políticos daqueles segmentos políticos surgidos pós golpe de 1964, notadamente PMDB e PFL.

Responsabilizar os governos Lula e Dilma pelos malfeitos do dono da Delta Construções, omitindo citar que a empresa foi considerada inidônea, em 2011, pelo governo e reconquistado o direito de contratar obras públicas através de decisão judicial de Gilmar Mendes, é claro ato de banditismo midiático que orquestra dissimuladamente em favor da delinquência, embora jure de pés juntos que faz o oposto.

Isto também vale para a tal Friboi, cuja expansão se deu através da captação de recursos públicos, é verdade, sem que issso significasse salvo conduto a sacanagens variadas. Caso contrário, estaríamos obrigados a responsabilizar Fatima Bernardes e Toni Ramos.

Ao dividir marota e desonestamente as responsabilidades dessa safadeza ora desvendada com quem não tem, a mídia, na prática, acaba operando em favor da impunidade ao confundir a opinião pública fazendo-a crer na honestidade de vários bandidos.Como o noticiário acaba contaminando o serviço investigativo, na medida em que holofotes induzem investigadores a se pensarem pop stars,então, vivenciamos esse quadro degradado de justiçamento,em detrimento da justiça por que clama a opinião pública. Lamentável!