Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 2 de julho de 2016

O PT e o plebiscito


Bastante escrota a posição do jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim, quando acusa o PT de omitir-se na discussão da proposta de plebiscito pra que a população decida se quer ou não a antecipação das eleições presidenciais.

Mesmo que a tal proposta seja uma alternativa aparentemente viável, segundo o senador Requião única, de derrotar o golpismo, é inegável que o PT é o único partido que pode ser acusado de oportunismo caso essa proposta vingue e Lula apareça como favorito nas eleições.

Assim, a mágica solução contra o golpismo não se sustentará por muito tempo, caso as regras do jogo político continuem as mesmas, assim como os problemas. Então, quem estiver à frente do governo, na hipótese aqui aventada, o PT estiver, será ele o acusado de golpismo a fim de fazer do Lula novamente presidente. Em um país cuja parcela de sua população crê que a vitória de Dilma é consequência do voto nordestino e dos haitianos trazidos pelo governo petista, qualquer sandice adquire sentido quando reverberada pela mídia.

Por isso, muito cuidado ao avaliar as consequências políticas de certas mexidas no tabuleiro desse jogo. Desde os tempos da velha ARENA que não experimentávamos uma direita tão forte no parlamento brasileiro, daí a dificuldade de tomar medidas que mudem o quadro político imediatamente, sendo fato que a agenda legislativa continuará aquela que Cunha impôs com sua gestão na presidência da Câmara.

E é nesse sentido que o PT deve ter prudência ao tomar decisão tão importante, da mesma forma como é fundamental que a sociedade organizada, CUT, CTB, MST, MTST, Frente Brasil Popular, entre outros construa a citada ou qualquer outra alternativa que surja pra detonar o golpismo sob pena de vexame diante da indiferença da população e bombardeio da direita.

Infelizmente, do jeito como PHA coloca a questão, parece que o PT apenas faz birra, alheio às consequências advindas dessa atitude infantil. Não é assim, sabemos disso. Aderir imediatamente colocando sua maior liderança na vitrine da polêmica, significaria dar uma agenda cheia de farpas à mídia, que não vacilaria em atirar tudo de volta contra o petismo, voltando ao foco da malhação contra si, dessa vez com um assunto bastante chamativo e duradouro.

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