Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 31 de maio de 2016

A novelização da política


galeria atualizada
A Globo não quer Temer. mas nem imagina a hipótese da volta de Dilma. Quer eleições o quanto antes a fim de impor sua vontade através das eleições.

O dilema é expor a podridão do golpismo de forma homeopática, de forma que isto não signifique o risco de reversão no Senado, a ponto de reconduzir Dilma ao cargo que legitimamente é seu.

Difícil, diante de tudo que já foi revelado e permite que se deduza o pior, aquilo que permanece oculto. Se o rebento da famiglia Machado tem algo mais cabeludo a revelar, pior até do que o pai já expôs, então, a qualquer momento, espera-se a implosão do "governo" Temer.

Por outro lado, essa podridão de insuportável mal cheiro começa a influenciar no comportamento de alguns senadores, que ameaçam mudar seu voto e barrar o impeachment da presidenta, o que frustraria os planos globais de afastar Dilma para depois  obrigar os golpistas à convocação imediata de novas eleições.

Então, resta jogar pesado contra a chusma de delatores disponíveis, pero no mucho até aqui, na disposição de incriminar apenas o PT.

O jeito é manter intacta a sombria "Torre de Londres" morista com a finalidade de quebrar essa resistência. Isto enfraqueceria Dilma em sua possível volta, emparedaria Lula, pois o cobriria de denúncias seletivas, e pressionaria o PT a firmar um pacto pela antecipação das eleições.

Não é uma operação fácil na medida em que uma vitória de Dilma no Senado a tornaria mais forte politicamente e mais dotada de instrumental no enfrentamento do golpismo, principalmente depois de tudo que foi revelado a respeito do conluio liderado pelos comparsas Cunha/Temer.

Talvez, a Globo queira correr o risco de adoção da solução resultante da antecipação das eleições, seja sob Dilma seja sob Temer.

No primeiro caso, terá que redobrar a campanha jurídico/midiática contra o PT, o que incluiria até a possibilidade de aniquilamento de Lula para a disputa.

Já, no segundo caso, teria que enfrentar a mobilização popular contra o golpe sendo vista como a artífice desse golpe. Aí, enfrentaria um PT revigorado e altamente competitivo, inclusive pela provável presença de Lula.

Vejamos quais serão as 'próximas vítimas' da execração pública oriunda das revelações machadianas. Com efeito, há nomes tão pomposos correndo o risco de experimentar essa execração que colocaria em risco o breve futuro Temerário, bem como anteciparia o trabalho da Globo de trabalhar com antecipação das eleições sob o comando de Dilma. Promete!

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