Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 2 de abril de 2016

ISTOÉ(QUANTO É?): direitismo vira lata e misógino

Um ataque as Mulheres! É um acinte, um desrespeito e uma violência contra todas as mulheres a capa da Revista IstoÉ com um texto vexaminoso, utilizando todos os estereótipos e adjetivos machistas e misóginos, para desqualificar uma mulher na Presidência do Brasil!

A estratégia da revista é a mesma utilizada no vazamento contra Lula, que expunha sua fala informal em telefonemas privados usados para desclassificá-lo moralmente.

Mas com Dilma Rousseff é ainda pior, mais escandaloso, sexista e intolerável. É um ataque e um texto que ultrapassa qualquer ética jornalistica, com aspas sem nenhuma fonte!

Vendo o impeachment balançar na correlação das forças políticas, com uma reação vigorosa nas ruas do Brasil e na mídia internacional, a revista IstoÉ parte para uma desqualificação psicológica e emocional da Presidenta da República, que teria “perdido o equilíbrio e as condições emocionais para conduzir o país” e é descrita (sem fontes identificadas) como uma desequilibrada, histérica, furiosa e a beira de um ataque de nervos e propensa a atos violentos!

Trata-se de um ataque genérico de um jornalismo covarde (“fontes do Palácio do Planalto”) que usa aspas fantasmas (ninguém é citado!) para demolir sua reputação com base no ódio as mulheres que ocupam espaços de poder e nos clichês que descrevem uma mulher histérica, desequilibrada, destemperada, com “crises nervosas” sendo “medicada” para aplacar seus rompantes e acessos de violência e histeria.

O texto é uma peça de como a mídia passa a usar da pessoalização, de argumentos e análises extra política para demolir a pessoa, o caráter, construindo um personagem de ficção em que a Presidenta é comparada com “Maria, a Louca”, uma “autista” com uma retórica “cretina” e cuja permanência significa uma ameaça de “volta do terror”(!)

Passam de um estereótipo, “a gerentona masculinizada” , para outro: o da mulher acuada e descontrolada que responde a um ataque político não com articulação, atos, ações e discursos, mas como uma mulher histérica e furiosa quebrando móveis!

Os adjetivos utilizados para desqualificar a Presidenta mulher fazem parte de um extenso vocabulário moral, científico, médico e psicanalítico de destituição do feminino como força política, como sujeito social e como modo de ser e existir: mulheres irascíveis, fora de si, vingativas, destemperadas e moralmente e psicologicamente condenáveis! “Elas” seriam incapazes de conduzir a política e estar no comando de um país!

O texto é uma peça para ser analisada pelos professores e estudantes de Comunicação, as feministas, os analistas políticos e simbólicos, e qualquer leitor critico como a derrocada de tudo que entendemos como jornalismo!

O “ódiojornalismo” produzindo peças maniqueistas e dualistas, textos de ficção e novelização do real se volta agora contra as mulheres!

Estamos vendo (é um sentimento cada vez maior) uma mulher honesta e digna, com um passado de luta, sofrer um ataque misógino e moral, sofrer uma injustiça política (impeachment sem crime é golpe!) em um ambiente extremamente hostil, machista e predador e em que uma figura histriônica e corrupta de um homem como Eduardo Cunha se mantém liderando a Câmara dos Deputados comandando (com uma elite e mídia patriarcal) um golpe contra a Democracia no Brasil.
(Ivana Bentes/ via Viomundo)

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