Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A república dos delatores


Nove meses da montanha de sandices da Lava Jato, eis que um rato é parido: um executivo da empreiteira mineira Andrade Gutierrez, preso há nove meses por determinação do juiz Sérgio Moro, resolve delatar a campanha presidencial de Dilma Rousseff, acusando-a de ser abastecida por propinas.

Como bem diz o site 247, "Uma construtora mineira, que recebeu grandes favores do PSDB em Minas Gerais, e cujos executivos torceram abertamente pela vitória do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 pode se tornar a nova arma do golpe em curso no País." Detalhe: a tal construtora doou mais pra campanha de Aécio do que pra de Dilma; além disso; controlava a CEMIG até a unção do petista Fernando Pimentel ao governo daquele estado, atestando as íntimas ligações com os tucanos.

Evidente que delação não é verdade incontestável, principalmente quando partindo de alguém altamente suspeito, se é que alguém nessa condição merece confiança ilimitada naquilo que declara. No entanto, trata-se de prato cheio para as gangues midiáticas, agarradas a qualquer fato que induza ao golpe e apeie do poder o governo petista.

Felizmente, as ruas e os espaços da sociedade civil estão cada vez mais tomados, manifestando-se em defesa da democracia e esse fato, certamente, ajudará na mobilização contra os ardis vira latas visando tomar de assalto o poder. A par disso, há imbroglios suficientes envolvendo a holding do golpismo nos 'Panama's Papers, entre outros, fato capaz de criar-lhe embaraços jurídicos de grande monta, bem como enfraquecer ainda mais seu já combalido prestígio.

Enfim, o país deve respirar política pelos próximos, sabe-se lá quantos, meses em um embate que se fará saudável na medida que tende a tirar um número crescente de pessoas do jugo dessa usina de fabricação de imbecilidades, que é a tevê brasileira.

Assim, temos a perspectiva de ver as eleições municipais disputadas em um clima de politização como há muito não víamos, bem o oposto daquilo que maquinou o celerado Eduardo Cunha e seu séquito de meliantes detentores de mandatos, que aprovaram uma teratológica reforma política voltada a despolitizar a disputa e fazer prevalecer o poder econômico. O STF acabou com o segundo e a sede de golpismo fez com que o povo fosse ás ruas desmoralizar o discurso único, disputar os espaços públicos/institucionais a fim de evitar o fortalecimento do projeto político da elite mais corrupta e desavergonhada do planeta: a brasileira. Bem feito!

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