FACIAPA, uma corja de malfeitores!

Leio no jornal Diário do Pará, hoje, a nota emitida por uma tal Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agrícolas do Estado do Pará manifestando "preocupação" com o Brasil. Não precisa ter mais que dez anos de idade pra perceber que essa preocupação rapace, nesse momento de sucessivas tentativas de golpes contra a democracia, significa adesão desse bando de malfeitores à ruptura institucional.

Incomparavelmente abandidados, a certa altura da famigerada nota declaram ser "solidários aos trabalhadores do Brasil pelos 9 milhões de desempregados". Ora, canalhice pouca é bobagem: o Pará é campeão brasileiro de trabalho escravo e muitos desses signatários da infame nota seguramente estão entre os medievais que posam agora de Silvério dos Reis a fim de enganar trouxa.

Ademais, é pouco provável que haja outro estado do Brasil em que o comércio explore tão desumanamente o trabalhador quanto os do Pará sofrem nas mãos desses sacripantas, agora travestidos de preocupados com a situação social.

Pra refrescar as memórias, o Sindicato dos Comerciários teve que ir bater na porta da justiça contra a jornada de trabalho que o comércio impunha a seus empregados, pior do que aquela dos mineiros do século XIX, na Inglaterra, que ensejou Karl Marx a escrever um dos mais primorosos capítulos de O Capital, denunciando a deplorável situação, fruto do banditismo dos proprietários daquele negócio, e em conluio com a justiça britânica.

Como diria Lula, metam no cu sua solidariedade de Judas, vis subscritores desse papelucho infame. Decididamente, o Brasil estará muito mal se depender do protagonismo dessa gente estuporada e que vive a demonstrar seu despudor.

Ao contrário, é hora de ir às ruas, mais uma vez, e repudiar essa corja fascista e flibusteira, que vive de sugar o sangue e suor alheios, assim como depilhar o erário tão logo tenham a oportunidade de colocar um comparsa no comando dos dinheiros públicos. Não passarão!