Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Desacreditados


O que mais chama a atenção na pesquisa feita pela Doxa Comunicação nem é o resultado, quando estamos a sete meses da eleição. O que salta aos olhos é o alto índice de rejeição, tanto do prefeito de Belém Zenaldo Jr quanto a do governador do estado, o primeiro reprovado por 74,2% dos entrevistados, enquanto o governador não agrada a 62% dos consultados.

A rejeição maior do prefeito explica-se pela proximidade quase natural da administração municipal com a população, por mais que um prefeito queira fugir do desgaste escondendo-se. No entanto, condições de ruas, bairros, unidades de saúde, creches, enfim, todos aqueles equipamentos públicos que servem cotidianamente a população de uma cidade são o termômetro para um alcaide.

Mas é inegável que o governador Simão Jatene tem um desgaste proporcionalmente semelhante ao do seu colega de legenda. Primeiro, porque tem mais dinheiro pra fazer propaganda; segundo, porque abastece com a maior parte dessa grana uma emissora de tevê que é afiliada da maior rede de televisão do país; terceiro, que utiliza de forma descabida uma emissora criada pra ser educativa e está transformada em uma espécie de canal exclusivo de promoção da atual gestão.

É flagrante, ainda, o fracasso da missão de incensar o atual governador ao status de gestor competente. E esse fracasso deve ser debitado na conta de todo esse aparato midiático que se pretende monopolista e faz que ignora sua incapacidade de  vender essa ilusão politiqueira.

De tudo isso resta a certeza que a população, por mais bombardeada que seja por sucesssivos pacotes de empulhações, hoje em dia está em um outro nível de exigência, bastante em razão da melhora das condições sociais experimentadas recentemente. Tanto que os índices de aprovação da atual presidenta da República são baixíssimos, todavia, não vemos um líder oposicionista que capitalize essa insatisfação.

Com efeito, o fato dos maiores capos oposicionistas estarem identificados com aquele que é considerado um dos mais nefastos  governos de nossa história, adversidade reforçada por péssimas gestões regionais parece passar o recado popular de que é melhor sofrer eventuais agruras ora experimentadas, do que tornar aos  terríveis tempos da privataria.

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