Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Potências mundiais celebram nova etapa de acordo nuclear com Irã. Israel prefere uma solução nazista

Diversas potências comemoraram a nova etapa do acordo nuclear com o governo iraniano, com a entrada em vigor do Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA) entre Teerã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha), que apresentará as diretrizes deste novo momento diplomático, com o fim paulatino das sanções.

"É uma etapa importante para a paz e a segurança, assim como para os esforços internacionais de luta contra a proliferação nuclear", afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

Em um comunicado, o chanceler britânico, Philip Hammond, expressou contentamento com a segurança mundial. "O acordo nuclear com o Irã, no qual a Grã-Bretanha desempenhou um papel importante, faz do Oriente Médio, e do mundo em geral, um lugar mais seguro", declarou Hammond.

Já para o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, trata-se de um "acontecimento histórico da diplomacia", reportou à AFP.

Na mesma linha, o governo da Turquia se expressou "satisfação" com o fim do isolamento político e econômico do país persa. "Colocamos forte ênfase para que todas as partes exerçam um comportamento responsável que não fomente a divisão, para uma restauração da segurança e da estabilidade na região", comentou a chancelaria turca.

Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, trata-se de um "marco significativo que reflete os esforços de boa-fé de todas as partes para cumprir os compromissos assumidos".

"Cada uma das vias para uma bomba nuclear foram fechadas de forma verificável", garantiu o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acrescentando que o Oriente Médio se tornou um local mais seguro. Para Kerry, o pacto "demonstra o poder da diplomacia para superar desafios".

Para o presidente iraniano, Hassan Rohani, o acordo representa "um novo caminho de relações entre o Irã e o mundo".

Na noite deste sábado (16), a UE (União Europeia) e Estados Unidos anunciaram a suspensão das sanções econômicas e financeiras contra o país persa. A decisão entrou em vigor com a publicação no Diário Oficial da UE, menos de uma hora depois de sua adoção formal por parte dos 28 Estados-membros do bloco.

Essa medida ocorreu após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que Teerã cumpriu as exigências do pacto, que previa a limitação de vários aspectos do seu programa atômico durante períodos de entre 10 e 25 anos, em troca do fim paulatino das sanções à República Islâmica. Ainda ontem, Irã e EUA realizaram uma troca de presos, sinalizando uma abertura diplomática.

Críticas de Israel

O principal Estado crítico ao acordo foi Israel. Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o Irã continua buscando desenvolver armas nucleares e espalhar o terrorismo.

"Inclusive após assinar o acordo nuclear, o Irã não abandonou sua aspiração de obter armas nucleares e continuará minando a estabilidade no Oriente médio e divulgando o terrorismo no mundo, ao mesmo tempo em que viola suas obrigações internacionais", afirmou Netanyahu.

Em nota, Netanyahu reiterou que seu país "continuará monitorando a implementação do acordo, avisará de qualquer violação" que detectar e ainda destacou que seu governo fará "tudo o que for necessário" para salvaguardar sua segurança e se defender.
(Opera Mundi/ Rede Brasil Atual)

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