É importante, porém, esclarecer alguns pontos, deixados no escuro pela imprensa apocalíptica.
Em 2002, a inflação acumulada de 12 meses ficou em 12,53%. A partir de 2003, a inflação se manterá quase sempre abaixo do teto da meta, como se pode ver no gráfico.
Na era Dilma, o ano de 2015 foi o único em que a inflação estourou o teto da meta, e isso foi influenciado sobretudo pelos preços administrados, em especial a energia elétrica, que aumentou 51% na média nacional.
Para 2016, os aumentos nos preços administrados serão muito menores. No caso da energia elétrica, espera-se queda de 10% ou mais nos preços ao longo dos próximos meses, conforme previsão da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica ereportagem da Folha.
A expectativa do mercado, conforme apurado pelo Boletim Focus, do Banco Central, é de que a inflação em 2016 caia para 6,87%, ainda um pouco acima do teto (que é de 6,5%), mas bem inferior ao nível registrado em 2015.
Como o leitor, ouvinte, telespectador dessa mídia emporcalhada vai pouco além das manchetes de reporcagens dessa natureza, então, fatos como a trajetória descendente da inflação após Lula assumir o governo; e, durante o governo Dilma, o ano passado ter sido o único em que o teto da meta foi estourado, esse telespectador, ouvinte e leitor terá como legado desse jornalixo apenas o terrorismo de uma quadrilha empresarial que perde a vergonha na cara quanto mais percebe a dificuldade de fazer tornar os tempos privatas em que se locupletavam na roubalheira patrocinada pelo próprio governo.
Ano que vem, quando a situação estiver sob controle, conforme o próprio boletim da Focus expõe, terá ficado apenas a indignação da população contra um governo que tem errado muito, é verdade, mas tem acertado muito mais, principalmente naquilo que é o principal: as políticas sociais que ocasionaram a redução expressiva da miséria. Muitas vezes, mesmo contando com a antipatia dos maiores beneficiários dessas políticas públicas.
(Informações extraídas do blog O cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário)
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