Definitivamente, por seu comportamento político atardado, Marina Silva está a merecer ser vítima de memes semelhantes aos feitos com o ex-piloto de Fórmula-1, Rubens Barrichelo.
Depois de quase um ano silente parece que a beata da floresta só agora percebeu que pode ser beneficiada pelo golpismo encetado pela direita em várias frentes. No caso dela, sonha com a cassação da chapa Dilma/Temer e uma nova eleição em que deve supor que teria uma revanche contra Aécio.
Seu indisfarçável alheamento da realidade brasileira o faz patética a ponto de afirmar, "O Brasil passa hoje por uma situação dramática, em que a sociedade está pagando um preço muito alto por um governo que está há doze anos no poder, mas não soube fazer o que era necessário no tempo certo, ocultando problemas para vencer as eleições".
Será que ela lembra que, desses treze anos, ela fez parte por pelo menos meia década, seja como ministra ou senadora eleita pelo PT? Será que imagina que seus adversários estão esquecidos disso?
Além disso, esse seu jeito 'abestado', como diria Tiririca, dá um tom artificial à sua voz quando entoa o coro dos arautos da "situação dramática". Deixa no ar a falta de capacidade de persuasão, fruto das constantes imersões que a tornam uma out sider da política nacional. Com efeito, se a tática é ficar equidistante do furibundismo direitista, Marina levou muito a sério esse comportamento, tanto que suas declarações tornaram-se irrelevantes na conjuntura nacional.
Mesmo assim, com um recall de 21% nas pesquisas que têm sido divulgadas, deveria adotar uma posição mais efetiva nas discussões de nossa conjuntura política. Qual nada. Nem o assunto era a Conferência do Clima conseguiu algum destaque, no sentido de posicionar-se em relação ao governo que combate e quer ver encerrado por meio da ruptura da nossa ordem democrática. Manteve-se silente, alheia e desnecessária. Como parece ser sua sina na tentativa de buscar a plena realização de seu sonho de consumo.
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