Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Fim do financiamento empresarial amplia força de campanha nas redes sociais

Fim do financiamento empresarial amplia força de campanha nas redes sociais
A política brasileira conquistou um grande avanço em 2015: o fim do financiamento empresarial de campanhas. Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou como inconstitucional o financiamento eleitoral por empresas. No mesmo mês, a presidenta Dilma Rousseff vetou este tipo de doação na minirreforma eleitoral.

Com isso, as eleições de 2016 já serão realizadas sem as doações empresariais. Para o secretário de Comunicação e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, esta mudança reforçará as campanhas pela internet, por meio das redes sociais.

Ele ainda afirma que o PT se adequará à nova realidade ampliando a campanha pela internet.

“É indiscutível que o peso das redes sociais na campanha de 2016 será bem maior. Na eleição passada, tínhamos 54% do eleitorado brasileiro ligado à internet. Agora, já são 70%”, explicou, em entrevista ao jornal “Correio Braziliense”.

Além disso, Cantalice avalia que a campanha de rua, com o corpo a corpo, também ganhará mais importância nas eleições deste ano. “Vamos ser obrigados a fazer uma campanha menos pirotécnica, uma campanha mais de estúdio e diálogos. Voltar à campanha de rua, do corpo a corpo”, concluiu o secretário de Comunicação do PT.

A avaliação de Cantalice é corroborada pelo secretário nacional de Finanças do PT, Marcio Macêdo. Ele acredita que a nova realidade resultará em campanhas mais “criativas”.

“Acredito que aquelas campanhas caras, pagando milhões a marqueteiros, ficaram no passado. A mudança da regra impõe uma nova realidade”, avaliou, em entrevista ao jornal “Valor Econômico”.

“Teremos que fazer campanhas criativas, mas mais simples, com financiamento militante e usando muito a internet e o corpo a corpo”, afirmou Macêdo.

Importante decisão - Em abril de 2015, antes mesmo da decisão do STF e do veto da presidenta Dilma, o Partido dos Trabalhadores abriu mão dos repasses privados e anunciou que não receberia mais doações de empresas para campanhas políticas. A decisão foi anunciada pelo presidente do partido, Rui Falcão.

Em junho do ano passado, durante o 5º Congresso Nacional do PT, o partido lançou, então, uma campanha de arrecadação online. Com o mote “Seja Companheiro”, a plataforma permite receber doações apenas de pessoas físicas, com valor mínimo de R$ 25 e máximo de R$ 5 mil.

“Nós decidimos não receber recursos empresariais para financiar as atividades do PT. É preciso que criemos condições para financiar nossas ideias, nosso partido”, explicou Falcão, na época.
(Agência PT de Notícias)

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