Já começam a pulular nas redes sociais os reclamos dos professores da SEDUC, decepcionados que ficaram porque seus contracheques vieram sem o novo valor do piso salarial, reajustado mês passado pelo MEC para 2.135 reais e uns quebrados, valor solenemente ignorado pelo governador.
Na verdade, tudo não passou de excesso de otimismo da categoria na medida em que o governador já havia sinalizado algumas vezes que não concederia o reajuste, sendo a mais flagrante dessas intenções a carta endereçada ao ministério pelo colégio de secretários estaduais de administração, assinada por ninguém menos que a paraense Alice Vianna.
O diabo é que aquela reportagem, publicada domingo último no Diário do Pará e assinada pela repórter Ana Célia Pinheiro, faz ficar ressabiado até crucifixo de pedra quanto mais professores que enfrentam, desde 2011, uma feroz cruzada numerológica encetada por Simão, no afã de subtrair-lhes conquistas que o governador não gosta de pagar.
Com efeito, para ele não custa nada gastar R$216 milhões em propaganda, conforme revelou a citada reportagem. No entanto, gastar 1/3 disso respeitando direitos adquiridos através de muita luta e mobilizações, fere sua suscetibilidade administrativa,bem como vai contra sua paradoxal convicção, Simão também é professor só que muito bem remunerado, de que mestre eficiente é aquele que ganha mal. Aguardemos a reação dos(mais uma vez) tungados professores.
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