São Paulo já conta com 19 escolas ocupadas pela mobilização de alunos e professores contra a proposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de reorganização da rede estadual de ensino, segundo balanço feito neste sábado (14) pelo Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
O governo tucano pretende fechar 94 escolas. O Apeoesp também informou que já podem ser verificadas mudanças no projeto de reorganização em função da mobilização das comunidades.
Na EE Diadema, a primeira escola a ser ocupada, conseguiu-se o esforço conjunto do movimento e Defensoria Pública, com o Apeoesp. Ficou definido que haverá um processo de discussão com a comunidade escolar para definição do futuro da escola. A ocupação permanece.
Em Piracicaba, a EE Augusto Melega não será mais fechada. “Juntamente com a comunidade mobilizada, conversei com o Dirigente Regional de Ensino e mencionei o caso ao próprio Secretário Estadual da Educação, fazendo com que a escola, muito necessária para a aquela comunidade, fosse mantida”, diz a presidenta do Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
A EE Professor Pio Telles Peixoto, uma das que foi ocupada pelos estudantes, não vai mais ter retirado o ensino fundamental. Por esta razão, está em processo de desocupação.
Outro exemplo é a EE Professor Otávio Martins de Souza, em Franca, que chegou a ser ocupada pelos estudantes, com apoio de professores e pais e manterá o ensino médio, que seria extinto na unidade.
Mais um exemplo encontra-se na Zona Oeste. A EE Antônio Emílio de Souza Penna não mais perderá o ensino fundamental, mas a comunidade continuará mobilizada para que não sejam restringidas as matrículas no próximo ano.
Truculência – Alunos que ocupavam a Escola Estadual José Lins do Rego, na Estrada do M’Boi-mirim, no Jardim Ângela, zona sul da cidade, tiveram de ceder à pressão da polícia na tarde deste sábado (14), que teria ordenado a desocupação sem respeitar decisão da Justiça na noite desta sexta-feira (13), que suspendeu as reintegrações de posse.
Segundo um desses depoimentos registado pelo portal “Rede Brasil Atual”, a desocupação foi feita de forma violenta, “ferindo professores e alunos, inclusive um professor foi agredido e, bastante machucado, foi preso”. Um vídeo divulgado pelo Fabebook, na página Não fechem minha escola, mostra a atuação dos policiais.
“A PM está agindo assim em diversas escolas da periferia, no fim de semana, aproveitando que todos os olhos estão voltados para os atentados em Paris. Há colegas e amigos meus, que foram para lá (E.E. José Lins do Rego), chamados pelos alunos após a chegada da polícia. Esses colegas estão extremamente machucados, sendo que um deles, o Prof. Edivan, um dos melhores professores da escola, está preso no 47º DP (Capão Redondo). A namorada dele, Profa. Flávia, está muito machucada e em estado de choque”, relatou a vereadora de Osasco, Mazé Favarão (PT).
Neste domingo (15), O professor Edivan divulgou nas redes sociais depoimento em favor da continuidade da mobilização.
(Agência PT)
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