Agora pela manhã, os líderes de todos os partidos com assento na CM, inclusive os líderes de si próprios, foram acionados pelo blog para dizerem se concordam com o ato dos vereadores Orlando Reis, presidente, Vitor Hugo Cunha e Eduarda Louchard, que publicaram a mamata para beneficiar seus pares na edição de número 1654 do Diário Oficial da Câmara Municipal de Belém, com circulação entre 3 e 6 de novembro passados.
Nenhum dos líderes estava em seu gabinete, mas seus assessores anotaram o telefone do redator do blog para retorno. É bom que o façam, porque calar é aceitar que os cofres municipais sejam saqueados sem qualquer pudor. A Resolução 106, de 21 de outubro de 2015, publicada no canto esquerdo da página 3 da edição de número 1654 do Diário Oficial da CMB ( ver o documento em postagem anterior aqui no blog), garante parte da festa de fim de ano dos 35 "servidores do povo" de Belém: "dispõe sobre a regulação de parcela fixa" aos vereadores. É o 14º salário.
O artigo primeiro da dita resolução, assinada pelo presidente da Câmara, vereador Orlando Reis (PSD), prevê: "No mês de dezembro, os vereadores farão jus à importância correspondente à parcela fixa do subsídio, acrescida das parcelas variável e adicional, em valor proporcional ao seu efetivo comparecimento às sessões realizadas até 30 de novembro (sic)".
Na mesma edição do Diário Oficial da CMB, no canto superior direito da página 4, o segundo golpe: a volta da tenebrosa verba de gabinete. O artigo segundo da dita emenda diz o seguinte: "adita-se o artigo 56-A na Lei Orgânica do Município de Belém, que passa a vigorar com a seguinte redação: 'Art. 56-A. A Câmara Municipal de Belém pagará aos vereadores o décimo terceiro subsídio, observados os limites e as normas constitucionais e legais pertinentes à remuneração dos referidos agentes políticos e às despesas do Poder Legislativo Municipal".
Os próximos contracheques dos incansáveis edis devem vir com a gordura financeira bem acima do limite. Quem irá se rebelar contra isso e se submeter à perda de peso?
E os órgãos responsáveis pela probidade administrativa e pelo zelo aos cofres públicos, o que farão? São perguntas que não podem - nem devem - calar. Mais que isso: precisam de respostas à altura das expectativas da população.
(Ver- O- Fato)
Nenhum comentário:
Postar um comentário