Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
A missão sagrada de Putin
"Perdoar os terroristas é uma tarefa pra Deus. Mandar os terroristas para Deus é tarefa minha", teria dito o presidente russo Vladimir Putin. Mais ou menos na mesma linha de raciocínio de Guy Fawques quando tentou dinamitar o parlamento britânico, incomodado com o longo domínio da Dinastia dos escoceses Stuarts. Teria dito ao juiz que o interrogava, 'Foi a forma mais eficaz que encontrei pra mandar os escoceses de volta à sua terra natal'.
Aqui mesmo, no Brasil, tivemos o senador pernambucano Nei Maranhão recorrendo ao lirismo retórico pra justificar a truculência que o caracterizava. Certa vez, indagado se era verdade que havia matado muita gente conforme sua fama percorria o Nordeste, saiu-se com essa, 'O problema é que uns Deus chama, enquanto há outros que temos que mandar'.
Um dos clássicos do gênero spaghetti western 'Por uns dólares a mais', de Sérgio Leone, traz como epígrafe a frase 'Em um tempo que a vida não valia nada, a morte podia ser um bom negócio'. Logo após a sangrenta Guerra de Secessão, proliferam os caçadores de prêmios pela 'cabeça' daqueles que inconformados com a derrota, matavam, roubavam, assaltavam, entre outros crimes, e era disso que tratava o filme, em que os 'caçadores Clint Estwood e Lee Van Cleff faturam uma grana alta caçando bandoleiros.
Parece que vivemos um revival deplorável desses tempos, em que grandes contingentes de jovens, viventes em países vítimas da agressão imperialista, são contratados pra cumprir tarefas secundárias nessas carnificinas planejadas, acabando por ficar como os únicos responsáveis por atos de terrorismo ocorridos nos quatro cantos do mundo. Estado Islâmico, Al Qaeda et caterva são, hoje, os bandoleiros com a cabeça a prêmio, pago por quem fomenta seu banditismo e em seguida tira o corpo fora. Depois, o lirismo mitiga essa violência. Triste!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário