Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 11 de outubro de 2015

Procissão da bala


A festa do Círio não pode ter entre seus convidados apenas criaturas cândidas e civilizadas, até mesmo porque é muita gente. No entanto, não precisava exagerar no contraponto 'importando' o celerado Jair Bolsonaro, um fóssil egresso do golpe de 1964 que zumbizeia perdido pelos tempos democráticos que vivemos.

O responsável pela inoportuna visita é o deputado/delegado e candidato a candidato à sucessão de Zenaldo. É inevitável recorrer à surrada frase, nada está tão rui que não possa piorar. Em poucos meses de mandato parlamentar, conseguiu o dito cujo ser um dos arautos da catástrofe promovida por Eduardo Cunha posicionando-se a favor de todas as agressões às conquistas sociais contidas em nossa Constituição e legislação ainda vigente e, o que é pior, manter-se em posição de destaque nas pesquisas que apontam a preferência do eleitorado de Belém.

Dentro do que observava o saudoso Tim Maia, a respeito da dificuldade do Brasil trilhar definitivamente o caminho da prosperidade, porque aqui prostituta se apaixona, traficante se vicia e pobre é de direita, percebemos o quão iludida deve estar uma larga parcela dessa camada social mais humilde, inebriada com um "justiceiro" que promete a tranquilidade que será incapaz de ofertar, a eficiência que não possui e o espírito público que lhe falta.

Por isso, sua primeira e malsinada medida como candidato a candidato não poderia ser mais emblemática da tragédia que se anuncia sua investidura no cargo de alcaide de Belém do Pará: fez o Círio deste ano o Círio do Bolsonaro. Lamentável!

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