Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Hoje é dia de golpe?


Pouco provável. Em 1964, no fatídico 1º de abril, segundo Moniz Bandeira, tudo estava consolidado desde a véspera, quando a Operação Brother Sam instalou em nossas águas uma força-tarefa composta do porta-aviões Forrestal, destroyers de apoio, sendo um com mísseis teleguiados, navios carregados de armas e mantimentos e quatro petroleiros com um total de 136 mil barris de gasolina comum, 272 mil de combustível para jatos, 87 mil de gasolina de avião, 35 mil de óleo diesel e 20 mil de querosene.

E o que temos hoje? uma trupe de políticos reacionários dotados de credibilidade zero, por conta de seus históricos de malversação de dinheiro público; alguns membros do Poder Judiciário agindo como outsiders da legislação vigente e do decoro que seus cargos exige e umas peças ficcionais de gosto duvidoso tratadas midiaticamente como recursos jurídicos. Se, em 1964, satirizou-se o caráter bizarro da proclamação da tomada do poder do alto(?) de um paralelepípedo solto em alguma avenida; o que dizer desse brancaleonismo tosco encenado por essa tchurma destrambelhada?

Paulo Henrique Amorim resume essa encenação dessa forma, "Conclui-se, com a ajuda surpreendente dos “infográficos” do Globo, que esse Golpe do impítim é um delírio do Aecím, insuflado por um regime sub-democrático em que:

- o Tribunal das Contas tem relator com a autoridade moral de um refugiado da Castelo de Areia;

- uma ministra que se recusa a dizer quem é o dono do jatinho;

- o pai do Tiaguinho Cedraz;

- um Tribunal Superior Eleitoral que já aprovou as contas da Dilma, mas se deixou ir à segunda época por decisão do ministro (sic) Gilmar!;

(O que não chega a ser relevante, como demonstram Comparato e Bandeira de Mello: TCU e TSE não impeacham presidentes);

- uma Procuradoria Geral da República e um Procurador Geral que poupam a Oposição de uma forma constrangedora;

- uma Vara de Guantánamo e sua furiosa aspiração a reinventar o Brasil;

- e um PiG que só existe, desse jeito, no Brasil.

O impítim é isso aí.

Esse conjunto farsesco.

Que só tem a função prática de desgastar o Governo e o Lula.

Fazê-los sangrar.

Patético é ver a mídia tradicional auto investir-se em um papel relevante nessa encenação, tentando dar um ar de noticiário sério influindo no entendimento do público. Vivendo fora da lei, esse consórcio midiático que monopoliza a informação pelos meios tradicionais do país gostou tanto da experiência de viver à margem da lei que atualmente não faz outra coisa.

Mais uma vez, apostam que esse ardil é a única forma de apear do poder o governo petista vencedor das eleições desde 2003, pois substitui a realidade das conquistas que levaram o país a avançar como nunca social e economicamente, colocando no lugar um noticiário negativista, uma abordagem pseudo moralista, porque se apresenta de forma seletiva, e principalmente baseado em uma sucessão de factoide. Pior. Como diz PHA, isto não tem data pra acabar na medida em que esse consórcio não demonstra ter qualquer perspectiva de sucesso em sua desastrada empreitada.  

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