Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Corra que a polícia vem aí

Quando o brasileiro Jean Charles de Menezes foi brutal e irresponsavelmente assassinado pela polícia inglesa, confundido com terrorista por um policial negligente que havia abandonado seu posto e passou sua suspeita de longe para os que seguiram e mataram o eletricista mineiro, um escrevinhador da Folha tucana(FSP) apressou-se em sentenciar que havia as impressões digitais de Lula, presidente à época de acontecida aquela tragédia, pois Jean Charles havia fugido do desemprego no Brasil.

De fato, o diagnóstico do escriba tucano fazia sentido, em relação ao diagnóstico. Apenas errou feio quanto ao presidente responsável pela fuga de Jean Charles. Na verdade, quando aquele jovem mineiro foi procurar dias melhores ao exercício de sua profissão o presidente brasileiro era Fernando Henrique Cardoso e vivíamos uma situação crônica de desemprego, o que submetia vários patrícios a vexames internacionais ao serem barrados em vários países para onde corriam em massa.

Lembrei dessa gafe jornalística ao ler no Repórter Diário, hoje, a notícia que um casal que foi preso vítima de um flagrante forjado pela polícia de Simão Jatene, há três meses e solto por ordem da justiça, fechou o bar de sua propriedade e mudou-se pra Portugal.

Claro que a nota não merece reparo. O que me deixa ressabiado é a possibilidade de, daqui a um tempo, essa fuga ser debitada na conta da superestimada crise de orientação midiática, absolvendo-se a ação policial marcada pela boçalidade permitida por superiores, entrando esse episódio escabroso no rol de problemas econômicos da conjuntura.

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