Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

De volta aos anos 90?

Afinal, o que aconteceria no plano econômico, e no dos direitos, se golpismo tivesse êxito em derrubar o governo da Presidenta Dilma, meta a que se propôs desde outubro de 2014?

Aquilo que seus ventrílocos sugerem insinuantemente como a plataforma pós-golpe pode ser resumido em uma frase diuturnamente martelada em editoriais, manchetes e noticiário 'isento': a necessidade urgente de o país submeter-se a um lacto purga de reformas saneadoras e políticas pró-mercados.

Do que se trata, se não de embarcar o país em uma viagem de volta ao futuro reluzente prometido pelo mainstream dos anos 90, quando a sorte da sociedade e a de seu desenvolvimento foi atrelada aos impulsos dos mercados desregulados?

A capitanear o comboio local estava,então, um sempre sorridente sociólogo que disparava boutades e platitudes neoliberais, enquanto sua máquina azeitada no Congresso ia escavando um amplo túnel feito de tudo, menos de patriotismo, interesse público e desprendimento pessoal.

Pelas paredes desse sorvedouro escorreram fatias substanciais do patrimônio estatal acumulado pela sociedade brasileira no século 20; direitos sociais se esvaíram em nome de uma modernidade antipopular; e uma festejada estabilidade da moeda resultou em indigesta associação de juro alto e câmbio valorizado, que semeou as bases daquilo que hoje se denomina de 'desindustrialização'.

Quando a hora da verdade soou em 1999, e o país de moeda forte quebrou mais uma vez, sendo medicado com dose cavalar de juro de 45%, ademais de uma drástica maxidesvalorização, os crédulos nas virtudes dos mercados sem lei ficaram desconcertados.

Entre eles não se encontrava o intelectual José Luis Fiori, que em setembro de 1995, no alvorecer do reinado do sociólogo FHC, deu uma entrevista às então famosas 'Páginas Amarelas', de Veja, antecipando o que viria depois.

E virá novamente, se a mesma agenda e os mesmos interesses de então retornarem ao poder agora, na garupa de uma das variadas versões de golpe cogitadas pelas elites para engessar Dilma em 2015, e inviabilizar Lula, em 2018.

A advertência premonitória de José Luis Fiori feita há vinte anos guarda, assim, pedagógica atualidade. Vale reler seu diagnóstico:
 
(Carta Maior)

Um comentário:

Anônimo disse...

Ribeiro, ou melhor Mário Ribeiro se especializou em escrevinhever no jornal dos Maioranas atribuindo toda e qualquer crise ao governo Dilma, ao governo do PT, esquecendo-se do passado.
Vista o pijama Ribeiro,porque ninguém mais quer ler as suas balelas.