Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Simão gasta mais em viagens do que em materiais de consumo para unidades de saúde.



É incrível, mas verdadeiro: o governador Simão Jatene gasta mais em viagens do que em materiais de consumo para as unidades de saúde de todo o Pará.

No ano passado, os gastos em viagens do Governo Jatene atingiram quase R$ 170 milhões.

No mesmo período, as despesas com materiais de consumo da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), de suas 13 Regionais de Proteção Social (RPS), da Santa Casa, Ophir Loyola e Gaspar Viana, mais as despesas totais dos hospitais regionais de Cametá, Conceição do Araguaia, Salinópolis, Tucuruí e Abelardo Santos, além do laboratório Central da Sespa, somaram pouco mais de R$ 151,8 milhões.

Os dados são do Balanço Geral do Estado (BGE), o documento que registra todas as receitas e despesas do Governo.

Os R$ 170 milhões torrados por Jatene no ano eleitoral de 2014 representam a maior despesa de viagens do Governo do Pará dos últimos 16 anos, com um aumento de 644,39% em relação a 1998.

Em relação a 2010, o último ano do governo petista, o aumento foi de 85%.

Em relação ao ano não-eleitoral de 2013, o aumento foi de quase 40%, superando em 6 vezes a inflação do período, que ficou em pouco mais de 6%.

A gastança é tão impressionante que conseguiu superar, proporcionalmente, até a do Governo Federal, que atua em todo o Brasil.

Segundo o site Contas Abertas (http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/10447) o Governo Federal consumiu em viagens, no ano passado, R$ 2,7 bilhões.

No entanto, esses R$ 2,7 bilhões quando divididos pela população brasileira (mais de 202 milhões de habitantes) resultam em um custo de R$ 13,31 para cada brasileiro.

Já os R$ 170 milhões gastos pelo Governo Jatene, quando divididos pela população do estado (pouco mais de 8 milhões de habitantes) representam um custo de R$ 20,70 para cada paraense.

ENQUANTO O GOVERNO VIAJA, SAÚDE VIVE NA PINDAÍBA

Só para se ter ideia do que representa essa montanha de R$ 170 milhões: ela equivale a 52,49% dos R$ 318,5 milhões que o Governo Jatene gastou, no ano passado, em materiais de consumo, para abastecer todos os órgãos públicos estaduais.

Esse material de consumo não é apenas o papel ou a caneta usada nas repartições: é, também, combustíveis e lubrificantes, para carros e aviões; gêneros alimentícios; materiais de proteção e segurança, munições; artigos de copa e cozinha, cama e mesa; produtos odontológicos, hospitalares e ambulatoriais; fardamentos, ferramentas, suprimentos de informática, materiais químicos, esportivos ou de limpeza – enfim, tudo aquilo que não é duradouro e que o governo comprou para todas as repartições, escolas, presídios, postos de saúde, hospitais do Pará inteiro, excetuando mercadorias embutidas em contratos de terceirização.

É tudo, enfim, que se gasta no dia a dia dos órgãos públicos, para o trabalho dos servidores e para atender a população. Deu pra entender a dimensão da gastança?

Mas os gastos em viagens de Jatene ficam ainda mais dramáticos quando a comparação é feita com a área da Saúde, na qual está em jogo o bem maior das pessoas: a vida.

No ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e as suas 13 Regionais de Proteção Social, espalhadas por todo o estado, gastaram R$ 44,7 milhões em materiais de consumo.

Já os hospitais regionais de Cametá, Conceição do Araguaia, Salinópolis, Tucuruí e Abelardo Santos, além do laboratório Central da Sespa, gastaram, no total (ou seja, incluindo tudo, até salários e diárias), R$ 37,4 milhões.

Nos hospitais Ophir Loyola, Santa Casa e Gaspar Viana a despesa com materiais de consumo ficou em R$ 69,5 milhões.

Isso significa que esses R$ 170 milhões torrados em viagens poderiam duplicar as despesas com materiais de saúde (algodão, gaze, esparadrapo, fio de sutura, por exemplo), melhorando sensivelmente o atendimento à população.

Mais: os gastos em viagens do Governo Jatene, em 2014, também representam 5 vezes os R$ 34 milhões investidos na Sespa e nas 13 Regionais de Proteção Social (RPS).
(A Perereca da Vizinha)

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