Para combater a epidemia que assola o país

Prefeituras de interior, pelo menos aqui pelos arredores do nordeste paraense, trabalham menos de seis horas por dia e nem sempre os cinco dias da semana. Ainda assim, é possível deparar-se com situações como as de Capanema, onde, por exemplo, segundo O Liberal, o alcaide, seu vice e secretariado estão condenados a devolver R$2,5 milhões ao erário; há o caso de Santarém Novo, em que o prefeito está sendo afastado por improbidade e por aí vai...

A propósito, o Diário do Pará de ontem publicou reportagem mostrando a epidemia de corrupção que assola a grande maioria dos municípios brasileiros, vitimados por prefeitos e auxiliares inescrupulosos e recorrentemente refratários à transparência, mostrando assim que não é só o Pará a ser vitimado por essa "onda".

Que isto seja lembrado pelos mesmos veículos da mídia local e nacional, da próxima vez que forem fazer reportagens a respeito de marchas furibundas de prefeitos a Brasília a fim de reivindicar mais verbas. Que antes cobrem transparência e lisura nos atos deses empregados públicos sistematicamente envolvidos em ladroagens diversas, até na compra de simples sacos plásticos.

Enquanto não tivermos portais da transparência padronizados e nos moldes daqueles concebidos pela Controladoria Geral da União, bem como procedimentos obedientes ao Estatuto da Cidade, à Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei das Licitações, entre outras leis vigentes, não podem os marotos suplicantes passar sequer de Palmas, quanto mais chegar na capital federal. Até que aprendam a lição básica que deve nortear o comportamento de um funcionário público que é, afinal, a condição que assumem após vencerem a eleição.