Em nota, o craque da seleção brasileira e do Barcelona negou que tenha cometido o crime e disse que ocorreram apenas lacunas na declaração sobre sua venda ao time espanhol. A Receita Federal, porém, garante que a sonegação foi de R$ 63,6 milhões e cita, entre outros fatos, a omissão de rendimento de fontes com publicidade e a "omissão de rendimentos oriundos de vínculo empregatício pagos pelo Barcelona". x
Segundo reportagem da Folha, "foi pedido o bloqueio dos bens do jogador, das empresas e de sua família porque o débito cobrado pela Receita representa mais de 30% do total de seu patrimônio, avaliado pelos seus advogados em R$ 242,2 milhões. Ou seja, haveria um risco de que o valor não fosse pago. Surpreendentemente, apenas R$ 19 milhões desse total estão no nome do jogador, sendo o restante de posse de seus pais, Neymar Santos e Nadine, e de três empresas da família... Os bens bloqueados são apenas aqueles permanentes, como imóveis e carros. Os ativos financeiros, dinheiro em contas em bancos e aplicações, por exemplo, continuam disponíveis para o jogador e sua família".
Os advogados do jogador até tentaram impedir o bloqueio dos bens. Alegaram que não havia risco de falta de pagamento já que eles têm bens suficientes para a cobrança, e o jogador é uma figura pública, cujos rendimentos estão expostos. Mais do isso, argumentaram que não houve tentativa de transferir os bens para escondê-los do Fisco. O desembargador Carlos Muta, porém, rejeitou esses argumentos. "A Receita vem investigando Neymar desde sua transferência para o Barcelona, quando foram pagos € 40 milhões pelo clube espanhol pelos direitos do atleta, em operação que enganou o Santos. Desde então, auditores do Fisco de Santos e advogados do jogador têm travado uma verdadeira batalha jurídica. Agora, a Receita conseguiu uma vitória", descreve a Folha.
(Altamiro Borges)
Nenhum comentário:
Postar um comentário