O escrevinhador global Ilimar Franco relembra, "em 1997, para evitar a CPI da Compra de Votos, FHC entregou ao PMDB os ministérios da Justiça(Iris Rezende) e dos Transportes(Eliseu Padilha). Em 2001, através de Aloysio Nunes Ferreira, ministro na época, FHC liberou R$26 milhões em emendas para impedir a CPI da Corrupção".
Isto é suficiente pra explicar a declaração do 'Príncipe da Privataria', publicada na mesma coluna, "Dilma pode continuar a governar. Vai fazer pacto com o demônio o tempo todo. Vai ter que ceder cada vez mais". Mais do que a cínica confissão do que fez em estações passadas e agora condena, mal disfarça a esperteza na aposta Temer como forma de dar o golpe em Dilma Rousseff.
É a revelação escancarada que não importa quem do PMDB assuma o poder em uma sonhada derrubada do governo Dilma. Na ótica privata, qualquer um representa a fragilidade ética que persegue o partido desde sua fundação, sendo tarefa menor pro Judiciário emplumado encaminhar o impedimento de quem quer que seja saído das fileiras pemedebistas.
Arrasada a terra, restaria o fortalecido PSDB apresentar-se como a alternativa saudável ao eleitor brasileiro. Afinal, eleitores de 25 anos pra baixo têm pouca memória a respeito dos tempos sórdidos de hegemonia privata, daí o discurso ético/depravado poder ser usado sem constrangimentos e com menos riscos de ser abatido pela mnemônica.
Aécio, o "Napoleão de Manicômio", parece crer piamente nessa possibilidade, inclusive contando com a ingenuidade pemedebista(risos). Porém, a julgar pelas palavras do decano da ladroagem privata, Dilma faz a coisa certa e vai continuar a governar, escudada em um "pacto com o demônio".
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