Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 2 de agosto de 2015

Jornalixo e serviço público

O jornalixo brasileiro é assim: quando são seus queridinhos governantes que preenchem cargos públicos tudo é decorrente de acordos políticos; já quando se trata de desafetos, tudo não passa de "leilão de cargos a pleno vapor". Por isso silenciaram quando o deputado Silvio Costa deu aquele célebre puxão de orelhas na direita brasileira, desnudando a hipocrisia de quem considerava um exagero a existência de 39 ministérios, embora silenciasse haver em seu respectivo estado 27 secretarias governamentais, proporcionalmente um número bem maior que o de ministérios.

Ao lado disso, nunca falam abertamente a respeito dos cargos públicos existentes na estrutura administrativa do governo federal, apenas colocam frases malinas em um ou outro contexto, sempre afirmando a existência de excesso, embora convenientemente ocultem os números exatos, pois isto significaria o desmascaramento dessa mentirosa afirmativa. Se exageros há, e existe, sim, mas isso ocorre mais nos poderes Judiciário e Legislativo, ou em esferas menores, como estados e municípios, enquanto no Poder Executivo o número de servidores de carreira é infinitamente menor do que o existente nos EUA, por exemplo, sendo que, desde 2033, nunca se viu a realização de tantos concursos públicos.

Se você pegar prefeitura com menos de 100 mil habitantes, e muitas vezes até com um número maior, constatará que existem proporcionalmente mais cargos comissionados do que médicos e professores. Nestes dois caso, o discurso é sempre o da penúria financeira que não permite o atendimento pleno das obrigações constitucionais nessas duas áreas prioritárias da administração pública. No entanto, na outra ponta, grassa a proliferação de "aspones", geralmente cabos eleitorais recompensados às custas do dinheiro público.

E assim caminham os zumbis do neoliberalismo, sempre esperançosos em aparecer um governo que possam chamar de seu e disposto a operar a tão almejada diminuição do tamanho do estado brasileiro. Na prática e entendido de outra maneira, a reprivatização dos nossos espaços públicos onde a colocação de penduricalhos humanos é subalterno à lógica da canalização dos recursos públicos para as mãos dos tubarões do dinheiro que financia atividades políticas, simplesmente com o objetivo de operar a eternização desse modelo.

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1661938-londres-reduz-limites-para-32-kmh-em-25-das-vias-e-mortes-caem.shtml