Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 2 de agosto de 2015

Ganhar e não levar


Impeachment, rejeição das contas e outras vigarices golpistas que a direita brasileira alimenta desde que levou uma inesperada(pra eles) traulitada, em outubro do ano passado, quando pensou que o golpismo midiático havia comprado o bilhete que tornaria levar a privataria tucana ocupar novamente o Palácio do Planalto parecem ter sido deixadas de lado, pelo menos momentaneamente.

Agora o mote surgido entre o jornalixo de especulações e futricas dá conta que haverá uma reforma ministerial e o PMDB passará a ser o partido com maior número de ministérios, ocupando espaços antes ocupados pelo PT. O tom das fofocas atinge um nível tão alto de delírio que dá até impressão que o partido de Dilma estará fora do governo que conquistou nas urnas.

Isto pode até dar pistas de que um sonho acalentado desde priscas eras por privatas como José Serra torna-se cada dia mais difícil de realizar-se: a instalação de um parlamentarismo à brasileira em que o governo fosse conduzido por "notáveis" escolhidos de forma restrita, mais precisamente no fechado e corporativo clube do parlamento brasileiro, de onde sairia vencedor um integrante do MSV(Movimento dos Sem Voto), um Serra da vida, que governaria ad eternum sem precisar do sufrágio da ratatuia desprezível que vive a eleger petistas.

Porém, fora das redações/pocilga de nossa mídia partidarizada, não há um ser humano minimamente consciente que venha a acreditar na 'nova fórmula' que permitiria o governo exercer seu papel de acordo com os desígnios dos derrotados.

Não esqueçamos que a adoção do parlamentarismo como sistema de governo preferido por frações da elite já teve a companhia(teve?) da proposta de redução do número de ministérios, discussão que só arrefeceu quando Lula fez uma singela e fatal indagação a respeito de quais ministérios seriam os atingidos pela proposta, acovardando-se aqueles que querem excluir, e é disso que trata a malsinada redução do número de ministérios, os do andar debaixo do Orçamento Geral da União.

No fundo é disto que estamos falando. Foi Lula o primeiro presidente, em mais de um século da nossa história republicana, a inserir os mais humildes nos gastos governamentais gerando admiração mundial, mas instigando a fúria segregacionista atávica das nossas elites.

Por isso, programas como Bolsa-Família, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida são os reais responsáveis pela perda do sono dos andar de cima, que desde de 2003 não fazem outra coisa que não buscar meios de tirar o PT de circulação, vindo daí uma cadeia de manobras visando derrotá-lo, golpeá-lo, enfraquece-lo valendo tudo que esteja ao alcance da conspiração, até pressioná-lo para que, mesmo escolhido pela vontade soberana da nação, seja impedido de governar conforme os compromissos que o fizeram hegemônico na vontade popular.

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