Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Estado paralelo


Se a Constituição Federal contém dispositivos que o incomodam, Eduardo Cunha cria seu próprio 'Corãozinho' e, junto com sua trupe fundamentalista impõe suas próprias normas de conduta ao país; se uma votação na Casa que preside termina com resultado contrário ao esperado por ele, então, recoloca o tema em votação até que tudo ocorra de acordo com sua vontade.

Pra coroar a gestão de assumido déspota obscuro, agora resolveu contratar, por R$1,8 milhão saído dos cofres públicos, uma empresa estrangeira de espionagem a fim de investigar envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. Ou seja, apesar de não integrar a CPI que investiga os fatos envolvendo a estatal petrolífera, imiscuiu-se sorrateiramente no processo. Mais grave torna-se a intromissão porque Cunha é réu na investigação e com acusações pesadas sobre si, aponto de se especular até sua deposição do cargo de presidente da Câmara Federal.

Lapidar, também, a subserviência dos integrantes da referida comissão ante essas interferências. Ao que se sabe até aqui, ninguém procurou resguardar a independência dos trabalhos denunciando à justiça essa intromissão consolidando-se, assim, que tudo agora decorre dos desígnios de Cunha passando a ser prioritário tentar salvá-lo das acusações que o incriminam na investigação.

Essa malsinada Kroll, a empresa contratada por Cunha, já está inserida na história do banditismo tupiniquim e o responsável foi outra figura altamente suspeita de agir nas sombras e protagonizar alguns dos mais notáveis episódios de assalto aos cofres públicos, estando em liberdade graças ao operoso e vigilante trabalho dos serviçais de que dispõe na justiça brasileira.

Assim, vamos constatando o funcionamento de um estado paralelo dentro do estado brasileiro a satisfazer os mais diversos apetites dessas famiglias elitistas que se acham acima das leis e do estado de direito vigentes. É o mesmo esquema altamente suspeito que abafou a Operação Satiagraha, a Castelo de Areia, que mantém na impunidade os integrantes da ladroagem mineira e nacional sob o comando do assaltante Eduardo Azeredo, que acoberta os criminosos constantes da Lista de Furnas, que preserva os colunáveis gatunos da lista do HSBC, da Operação Zelotes, entre outros tantos crimes cometidos pela bandidagem de punhos de renda. Até quando?

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