Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 14 de julho de 2015

De larápios, comparsas togados e lábia pseudo moralista

O dublê de assaltante dos cofres públicos e senador, Cássio Cunha Lima(PB), costuma dizer que "por muito menos teve o mandato cassado". Refere-se à cassação de seu mandato quando foi flagrado comprando votos com dinheiro público para eleger-se governador da Paraíba, sendo apeado em seguida do poder que havia conquistado às custas de ladraogem.

Não foi por "muito menos", até mesmo porque as contas de Dilma estão aprovadas no Tribunal Superior Eleitoral. E por unanimidade. Quanto a Cássio, sua delinquência não se resume às falcatruas de 2010. No já longínquo ano de 2006, Cássio foi pego pela 'Operação Concorde' e processado por fazer parte de  esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro na campanha eleitoral daquele ano.

Efetivamente, foi por muito. Veja o despacho da ministra Rosa Weber, "1. Trata-se de inquérito que tem como investigado o Senador da República Cássio Rodrigues da Cunha Lima. Foi o inquérito instaurado a partir de informações prestadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF relativamente a operações financeiras atípicas realizadas pelo investigado e por pessoas relacionadas, entre eles Olavo Cruz de Lira (fls .12-16). A partir das informações, a autoridade policial representou pela quebra do sigilo bancário e fiscal de vários dos envolvidos. Após manifestação favorável pelo Ministério Público, o magistrado de primeiro grau deferiu o requerido (fls. 26-29 do apenso I)...Com a eleição do investigado Cássio Rodrigues da Cunha Lima para o mandato de Senador da República, os autos foram remetidos a esta Suprema Corte. É o Relatório. Passo a decidir. A alteração da competência por fato superveniente não afeta a validade dos atos processuais anteriormente praticados perante o Juízo então competente. Então válidos os atos processuais já praticados. Defiro as diligências requeridas pelo Ministério Público na fl. 314. Caberá à própria autoridade policial tomar as providências necessárias para obter o integral cumprimento da decisão de quebra de sigilo bancário, o que poderá realizar munido de cópia da decisão judicial. Autorizo, desde logo, o acesso aos autos pelos investigados e seus defensores, já que o Ministério Público já requereu a inquirição deles. Fixo o prazo de 90 dias para as diligências. 2. Desde logo, considerando o disposto no art. 21-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, atribuo ao Juiz Federal Sergio Fernando Moro, magistrado instrutor, os poderes previstos no referido dispositivo, para doravante praticar os atos ali previstos e ordinatórios quanto ao trâmite deste inquérito. Publique-se Brasília, 03 de dezembro de 2012.Ministra Rosa WeberRelatora.

E a raposa passou a administrar o galinheiro. Desde então, o tucano/togado que conduz esquizofrenicamente a malsinada Operação Lava Jato, sentou-se em cima do processo contra o larápio Cunha, contribuindo para que seja beneficiado pelo instituto da prescrição.

Todavia, o professor universitário Charlinton Machado protocolou nesta terça-feira pedido ao Ministério Público Federal, autor de investigação e de ação criminal contra o atual senador Cássio Cunha Lima – líder do PSDB, para que provoque a Ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de dar celeridade ao processo denominado de Concorde, ainda das eleições de 2006, para indicar substituto do juiz federal Sérgio Moro, o mesmo da Lava Jato, que há meses está com o processo e não dá prosseguimento. Segundo Charlinton, Embora haja toda a gravidade, o juiz Sérgio Moro resolveu secundarizar a atenção processual, resultado por temermos a prescrição, como acontece nos processos do PSDB, estamos agindo pedindo celeridade”,

Vejamos, então, como reagirá a ministra diante de uma clara manobra protelatória visando garantir a impunidade de um solerte e perigoso larápio. No caso em tela, a ministra nem precisará recorrer à literatura jurídica, já que as provas são muitas e contundentes, o caso foi tão escandaloso que Olavo Lira, um dos comparsas de Cunha Lima, atirou cerca de R$400 mil do alto de um prédio para driblar a batida policial, para facilitar o trabalho de Rosa Weber.

Quanto ao insuspeito(risos) Moro, só falta colocar um broche de tucano na lapela da toga e subir no carro som da próxima manifestação coxinha marcada para 16 de agosto próximo para que convença do real significado de sua missão moralizadora, semelhante a cumprida por Joaquim Barbosa, chaga indelével na história do Judiciário brasileiro. E ainda contará com o benefício da dúvida do ministro da justiça.

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