Pulitzer e a súcia midiática tupiniquim

A seguir, matéria do site 247 a respeito do que declarou o senador Roberto Requião sobre o que considera uma inversão de valores da mídia brasileira, na comparação entre Lula e Serra. Desnecessário dizer que a constatação do senador paranaense demonstra que a mídia tupiniquim historicamente sempre teve lado e foi instrumento fundamental para manter o comando político na mão da elite.

Porém, trata-se de reflexão fundamental à conclusão de que essa mídia inescrupulosa opera sem filtros para fazer cumprir aquilo que Georges Pulitzer já advertia no século passado. Hoje, ainda que a força avassaladora das conquistas sociais verificadas sob governos petistas, vemos o Partido dos Trabalhadores sendo o partido da preferência de 11% dos brasileiros. Ainda que na dianteira durante todas as 137 pesquisas feitas ao longo da existência do Partido dos Trabalhadores pelo instituto agregado ao conservador jornal Folha de São Paulo, justamente quando os governos de filiados ao partido atinge o seu mais baixo índice de aprovação popular.

Tudo fruto do nefasto trabalho de "uma imprensa canalha que com o tempo fez boa parte do povo brasileiro odiar quem está a seu lado e vice-versa" 

Paraná 247 – Uma frase publicada nesta segunda-feira 22 pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), em seu perfil no Twitter, resume bem a inversão de valores da imprensa no tratamento de episódios que envolvam o governo e o PT, de um lado, ou lideranças da oposição, de outro.

A comparação de Requião aponta que Lula virou 'lobista', de acordo com os grandes jornais, por defender empresas brasileiras no exterior, a exemplo da Odebrecht, enquanto o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), que retira a obrigatoriedade de participação da Petrobras em ao menos 30% nos consórcios de exploração do pré-sal, avança.

"Criticam o Lula por trabalhar a favor de empresas brasileiras e elogiam o Serra por querer entregar nosso petróleo a empresas estrangeiras", escreveu o parlamentar. O projeto de Serra, que desde a semana passada tramita em regime de urgência no Senado, ameaça a soberania da estatal do petróleo, criticam governistas.