O senador Jader Barbalho voltou a defender a adoção do primeiro projeto para viabilizar o derrocamento do Pedral do Lourenço, que teria sido oriundo de um estudo da Escola de Engenharia Naval da UFPA. Recorde-se que o dito cujo, o projeto, foi acusado pelo próprio Ministério do Planejamento de embutir um sobrepreço, expressão que tucana o superfaturamento, de cerca de R$200 milhões.
De lá pra cá, todos os demais surgidos foram boicotados ou simplesmente ignorados, chegando ao cúmulo de classificarem de inidônea a empresa que apresentou-se pra fazer a obra sem esse 'contrabando', mesmo que ela esteja realizando grandes obras para o governo.
Efetivamente, só há uma coisa a fazer: uma audiência pública com a presença de todos os atores responsáveis pela luta de tirar do papel essa obra fundamental para o desenvolvimento de nossa região. de nada adianta o senador Barbalho isoladamente montar nesse projeto como se fosse o seu Roncinante tentando mover os moinhos da eficácia. Trata-se de uma construção que demanda uma ação coletiva, independente da cor partidária, em que os técnicos da região devem ter papel fundamental a fim de que não se fique refém de uma opinião única.
Nesse sentido, ao contrário do que diz o senador pemedebista, é possível esperar mais um pouco. Afinal, já esperamos adicionalmente uns quatro anos mercê da apatia do governo paraense, que, em 2012, abandonou formalmente o projeto de criação da ALPA e finalmente expôs seu descompromisso com essa ação. Agora é hora de retomar essa luta, que não pode, repita-se, restringir-se a a um ato de heroísmo individual, mas uma construção baseada na força da ação coletiva, única fórmula que se conhece pra vencer esse tipo de barreira que trava o nosso desenvolvimento econômico.
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