Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A guerra dos bastidores


Definitivamente, já não se faz mais operadores de bastidor como antigamente. Veja-se o caso do Clube do Remo. Como diz um blogueiro da terra, há três semanas era uma  piada, mas levou 70 mil torcedores nas últimas partidas, comprovando a grandeza de sua torcida, bem como o potencial que o clube tem para tornar-se uma potência no futebol brasileiro.

O problema, repita-se, parece residir nessas tratativas de bastidores. Esse salto fantástico, dado por uma equipe que estava longe de ser uma piada, porém, até ameaçou não enfrentar o Paysandu na semi final da Copa Verde, que tinha feito uma greve branca na véspera do primeiro jogo dessa semi, revoltados que estavam os atletas com a falta de pagamento dos salários de fevereiro, não mais que de repente, arrancou para uma vitória sensacional eliminando o rival, em uma inversão de papeis que nem o mais arguto analista de futebol seria capaz de dar um diagnóstico a respeito dessa insólita troca de desempenhos.

O que se sabe é que, cumpridas as missões,  o Remo é bi-campeão estadual e está com as mãos no título da Copa Verde, já que é improvável o Cuiabá ir buscar um resultado adverso de três gols, começam a aparecer, aliás, como tem ocorrido com o Remo, os condottieri do ônibus azulino à glória ansiada pela imensa torcida aparecem para tirar proveito, personalizando o sucesso colocando-o na conta de certas figuras que a grande maioria da torcida atualmente nem imagina que existam.

Logo após a conquista do título de ontem, o atual presidente anunciou que daqui pra frente tudo vai ser diferente e seu estilo de administrar será na base do só vou gostar de quem gosta de mim, e quem não aceitar pode ir pescar. Talvez, um claro recado aos que costuram o consenso que prescinde do sua figura

Por outro lado, a coluna Repórter Diário, de ontem(03), soltou uma notinha lapidar a respeito dos acontecimentos que agitaram o Remo. Dizia a dita notinha que há um movimento de bastidores "consenso costurado" é a expressão usada, visando levar à presidência do clube o advogado Mauro Santos. Santos foi o administrador judicial que conduziu a liquidação do Grupo Rede, durante sua falência à frente da Celpa levando, segundo o próprio jornal dos Barbalhos, uma comissão de R$60 milhões pelo trabalho. Diz ainda a notinha que o risco dessa tratativa é ela dar certo e, além da glória do clube, isto gerar um candidato ao governo. Curiosamente, o jornal que sempre apoiou Arthur Tourinho, deputado e presidente do Papão, agora o trata como mais um que chegou "ao cargo prometendo revolucionar o futebol, mas com vivo interesse no voto do torcedor". Qualquer semelhança não é mera coincidência

Ou seja, o perigo volta às origens e a disputa política aflora onde menos era provável que se desse. Assim, de "piada" a palco das disputas sucessórias ao governo, o Remo corre o risco de ser a maior vítima da falta de unanimidade entre os "russos", que parecem não ter chegado a um consenso quanto ao ungido. Quanto à mão de ferro de Minowa, estaria facilmente fundida caso prosperasse o tal "consenso costurado". Com o racha político que se afigura, pode o oriental tirar proveito desse enfraquecimento fruto da divisão e, finalmente, dirigir o clube que o elegeu presidente. De qualquer modo, parece que o Remo está sempre sob o risco da fúria de seus pretensos titãs.

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